Meta agora é imunizar mais 4 milhões de pessoas
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A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica Foto: Romero Mendonça |
A partir de agora quem buscar a
vacinação contra febre amarela no estado do Rio de Janeiro será imunizado com a
dose padrão da vacina. A determinação da Secretaria de Estado de Saúde do Rio
de Janeiro sobre o fim do fracionamento já está valendo. A ação visa imunizar
cerca de 4 milhões de pessoas e tem como objetivo alcançar a cobertura vacinal
de 95% do público-alvo, que atualmente está em 73%. A SES alerta que
todos os que não tomaram a vacina devem procurar os postos antes da chegada do
verão, período em que pode ocorrer uma maior incidência da doença. Aqueles que
já foram imunizados com a dose fracionada, não precisam se vacinar nesta etapa porque
já estão protegidos.
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Desde 25 de janeiro, seguindo a
orientação do Ministério da Saúde, 15 municípios da região metropolitana
passaram a fornecer doses fracionadas da vacina. Com a nova recomendação, todos
os 92 municípios do estado voltam a aplicar as doses padrão. Até o momento já
foram imunizadas cerca de 11 milhões de pessoas.
QUEM NÃO DEVE SE VACINAR
A vacina não é indicada a bebês
menores de 9 meses, pessoas com contraindicações especiais (pacientes
imunodeprimidos, com doenças hematológicas graves, entre outras) e
grávidas.
TIPOS DA DOENÇA
Há dois tipos
de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas
pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de
transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e,
de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra
casos deste tipo da doença.
Já a silvestre é transmitida pelos
mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos
estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em
algumas regiões do país, principalmente na região amazônica. Trata-se de uma
doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos
infectados.
- No ano passado, criamos um cinturão
de bloqueio para impedir que a transmissão da febre amarela acontecesse no meio
urbano. E isso deu certo. Conseguimos vacinar cerca de 11 milhões de pessoas.
Com a diminuição de casos, os moradores do estado deixaram de procurar os
postos de saúde. Nosso desafio agora é chamar atenção das pessoas para a
importância da vacinação, que está disponível, novamente com a dose padrão, em
todos os postos de saúde do estado -, explicou o médico Alexandre Chieppe,
médico da Secretaria de Estado de Saúde.
CASOS EM MACACOS
Vale lembrar que o macaco não
transmite a doença. Ele é também vítima do mosquito e serve de alerta para
identificar a presença do vírus em determinado local. Ao todo,
18 municípios têm casos confirmados de febre amarela em macacos em 2018.
São eles: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cachoeira de Macacu, Duas
Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Miguel Pereira, Mangaratiba,
Paraty, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia, Silva Jardim, Tanguá,
Valença, Vassouras, e Volta Redonda.
SINTOMAS
Os principais sintomas da febre
amarela são dor de cabeça, febre, amarelamento da pele, dores musculares e
articulares, náuseas, indisposição, entre outras manifestações. Em 2018, foram
registrados 262 casos de febre amarela silvestre em humanos, com 84 óbitos. Os
mosquitos Haemagogus e Sabethes são os transmissores da febre amarela
silvestre.
Para mais informações sobre a doença acesse www.febreamarelarj.com.br.
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