Entre 39 marcas, apenas três não apresentaram vestígios de microplásticos
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A pesquisa analisou 39
marcas vinda de 21 países da Europa, África, Ásia e Américas do Norte e do Sul |
FOTO: ANDERS
GUSTAVSON/FLICKR
Nas casas, nos
estabelecimentos, nos esgotos e oceanos. E, de acordo uma pesquisa publicada no
início de outubro na revista Environmental Science
and Technology, nem mesmo o sal de cozinha que você consome todos os
dias está fora dessa regra.
De
acordo com o estudo, desenvolvido por pesquisadores sul-coreanos, mais de 90%
do tempero que é vendido e consumido ao redor do mundo contém microplásticos.
Isso significa que uma pessoa pode ingerir anualmente, em média, 2 mil
microplásticos apenas desse tipo de fonte.
São chamados de
microplásticos os resíduos degradados de plástico que medem menos de 5
milímetros. Entre as suas principais origens estão roupas de tecido sintético,
escovas de dente, tintas e pneus. Quando degradados, essas partículas podem se
tornar pequenas o bastante para contaminar as águas (até mesmo as filtradas) e,
consequentemente, se infiltrarem na sua alimentação.
A
pesquisa analisou 39 marcas vinda de 21 países da Europa, África, Ásia e
Américas do Norte e do Sul. Destas, apenas três não apresentaram vestígios de
microplástico: uma de Taiwan, outra da China e uma terceira da França.
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Apesar de não revelarem os
nomes das empresas, é notável no estudo que os sais mais “contaminados” são os
da Ásia, uma das regiões mais poluídas do mundo, principalmente os da
Indonésia.
“Os
achados sugerem que a ingestão humana de microplásticos por produtos marinhos
está fortemente conectada com as emissões de plástico em determinada região”,
afirma Seung-Kyu Kim, professor e coautor do estudo. “Para limitar nossa
exposição aos microplásticos, são necessárias medidas preventivas como o
controle da emissão de plásticos mal geridos no meio ambiente e, mais
importante, a redução do desperdício de plástico.”
Além
disso, concluiu-se que os sais derivados da água do mar contém os maiores
níveis de contaminação. Isso porque o processo de produção do sal dessa fonte
envolve a evaporação da água do mar, mas há pouco processamento, o que
frequentemente deixa rastros de minerais e, agora, de plásticos.
Fonte como depósitos
subterrâneos e lagos também apresentaram níveis altos de microplásticos.
A
pesquisa foi feita em parceria com o Greenpeace do Leste Asiático.
Galileu
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