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Kyriakos Amiridis foi morto por um golpe de faca ou canivete Foto: Reprodução |
A Delegacia de Homicídios da Baixada
Fluminense (DHBF) concluiu que o embaixador grego Kyriakos Amiridis foi morto
com um golpe de objeto cortante, como uma faca ou canivete. A informação foi
passada a agentes da especializada por um dos acusados do crime, Eduardo
Moreira Tedeschi de Melo. Segundo depoimento de Eduardo prestado na semana
passada, o embaixador foi atingido por um “ferimento cortante na região do
pescoço”. A mulher de Kyriakos, Françoise de Souza Oliveira, seu amante, o
soldado PM Sérgio Gomes Moreira Filho, e Eduardo estão presos há mais de um mês
pelo crime.
A perícia feita no local do crime
também corrobora a versão de Eduardo. De acordo com o laudo elaborado por
peritos da DHBF, a partir do uso do reagente luminol — que acusa a presença de
sangue — foram encontrados rastros de sangue no sofá, no chão e no tanque da
casa. Cortes na região do pescoço liberam grande quantidade de sangue. Todas as
facas encontradas na casa foram apreendidas e encaminhadas para exame pericial.
A conclusão da polícia desmente a
versão contada, em depoimento, pelo PM Sérgio, que confessou o homicídio. Ele
afirmou que foi tirar satisfações com o diplomata após descobrir supostas
agressões à sua amante. Já na casa de Kyriakos, os dois teriam se envolvido
numa luta corporal. O policial sustentou que agiu em legítima defesa: disse que
o embaixador estava armado e que, para se defender, o asfixiou. Agentes não
encontraram a arma no apartamento, e nenhum dos acusados a apresentou na
delegacia.
Contradição
A embaixatriz Françoise de Souza
Oliveira, presa há mais de um mês acusada de participação na morte do marido, o
embaixador grego Kyriakos Amiridis, se contradisse em depoimento a agentes da
DHBF. Durante a reprodução simulada, Françoise negou participação no crime e
afirmou que em nenhum momento soube que seu marido estava, de fato, morto.
Entretanto, logo após ser detida, dias
após o crime, Françoise deu uma versão diferente aos agentes. Segundo seu
primeiro relato, quando chega em casa na noite do crime, Françoise encontra uma
mancha de sangue no sofá e pergunta a Sérgio o que havia acontecido. Ele,
segundo Françoise contou aos agentes em dezembro, teria confessado o homicídio
a ela. Depois, a embaixatriz ainda confirmou à polícia que registrou o desaparecimento
da vítima mesmo sabendo que Kyriakos estava morto.
Extra
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