A equipe da Rede Record investigava uma obra da Odebrecht que estava
inconclusa
Os brasileiros
presos são o repórter Leandro Stoliar e o cinegrafista Gilson Souza de
Oliveira. Ambos empregados da Rede Rocord. Também foram detidos os venezuelanos
Jesus Urbina e María José Túa, coordenadores na cidade de Maracaibo da ONG
Transparência Venezuela.
Os quatro estavam
gravando imagens da chamada ponte de Nigale, uma estrutura prometida em 2005
pelo então presidente Hugo Chávez, morto em 2013, e até hoje não concluída. Ela
seria uma segunda opção para passagem de veículos sobre o Lago de Maracaibo.
Segundo Ruiz,
funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) ordenaram que os
quatro jornalistas se dirigissem, escoltados, até a sede do órgão no estado
para uma “entrevista”.
“Eles mandaram os
jornalistas irem em seu próprio carro, depois comunicaram que iriam rumo ao
Sebin e retiraram os celulares deles. Eles não têm advogados”, disse o
sindicalista, explicando que os brasileiros chegaram ao país na última
quarta-feira.
As informações
também foram divulgadas pela ONG Transparência Venezuela pelo Twitter. A
organização classifica a prisão de “sequestro” e exige a libertação imediata
dos quatro detidos.
“Nossa equipe de
Zulia e os jornalistas brasileiros estavam coletando informações sobre as obras
da Odebrecht. Fazemos um pedido à Defensoria Pública para que vá ao local da
prisão”, disse a ONG.
O SNTP indicou em
janeiro que sete correspondentes estrangeiros foram expulsos da Venezuela no
último ano.
A Venezuela também
foi citada nos pagamentos de propina feitos pela Odebrecht e revelados ao
Departamento de Justiça dos Estados Unidos. No acordo firmado com a Justiça
americana, a construtora brasileira disse ter pago US$ 98 milhões a
funcionários e intermediários do governo entre 2006 e 2015.
(Com agência EFE)
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