terça-feira, 19 de novembro de 2024

Milei decide assinar documento final do G20, mas faz ressalvas em relação à Agenda 2030

 

Ricardo Moraes/Reuters 



O governo argentino anunciou, nesta segunda-feira (18), que decidiu assinar a declaração dos presidentes da cúpula do G20. Porém, fez ressalvas em relação a pontos relacionados à Agenda 2030.

O anúncio veio com críticas a acordo multilaterais, mas também com gestos conciliatórios, como a assinatura da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o acordo de exportação de gás para o Brasil. Os dois se cumprimentaram com bastante frieza e de forma protocolar na manhã desta segunda.

Milei participou de dois plenários e fez dois discursos. Após as falas, o governo argentino divulgou comunicado.

Afirmou que fóruns e órgãos internacionais “foram criados com o objetivo de que todas as nações envolvidas pudessem cooperar voluntariamente, em igualdade e autonomia, para, entre outras coisas, proteger os direitos básicos das pessoas.”

Entretanto, o texto destaca que “é necessário reconhecer que este modelo [de cooperação internacional entre países] está em crise, pois há muito tempo não cumpre seu propósito original”.

“Sem impedir a declaração dos demais líderes, o presidente Javier Milei deixou claro em sua participação no G20 que não apoia vários pontos da declaração", continua.

Essas ressalvas incluem:A promoção da limitação da liberdade de expressão nas redes sociais,
A imposição e violação da soberania das instituições de governança global,
O tratamento desigual perante a lei,
A ideia de que uma maior intervenção estatal é a solução para combater a fome.

“Sempre que se tentou combater a fome e a pobreza com medidas que aumentavam a presença do Estado na economia, o resultado foi o êxodo tanto da população quanto do capital, além de milhões de mortes humanas”, aponta o documento.

Defesa do “capitalismo de livre mercado”

O texto continua afirmando que Milei defende uma solução contra a fome e para erradicar a pobreza: reduzir a intervenção do Estado.”

“Devemos desregular a atividade econômica para liberar o mercado e facilitar o comércio, permitindo que a troca voluntária de bens e serviços traga prosperidade. O capitalismo de livre mercado já tirou 90% da população global da pobreza extrema e dobrou a expectativa de vida”, explica o comunicado.

E termina afirmando que Milei “incentiva todos os líderes mundiais a seguir esse caminho, que na Argentina já está mostrando resultados após décadas de sofrimento causado pela intervenção estatal".

R7

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