Considerada essencial durante a
gravidez, além de proteger a mãe, a vacina contra a gripe garante proteção ao
bebê nos primeiros seis meses de vida
Ao se imunizar contra a gripe, as
mulheres grávidas dão aos futuros bebês uma das mais importantes proteções nos
seus primeiros seis meses de vida. Isso porque os anticorpos gerados pela
vacina passam para o feto pela placenta e, por não poderem ser imunizados
contra a doença antes do primeiro semestre após o nascimento, a vacinação da
mãe durante a gestação é a única forma de garantir a proteção contra a gripe
logo no início da vida.
Neste ano, em todo o estado do Rio,
até o dia 5 de junho, apenas 88.497 gestantes foram imunizadas durante a
Campanha Nacional de Vacinação, prorrogada pelo Ministério da Saúde até
sexta-feira, 9 de junho, por conta da baixa adesão em todo o país. Este total
corresponde a 50,52% deste grupo prioritário específico.
- Mulheres grávidas ou que estão em
período do pós-parto são mais suscetíveis a infecções em geral e a vacina contra
a gripe deve fazer parte dos cuidados a serem adotados nesta fase da vida das
mulheres. A vacina é segura e fundamental para a proteção do bebê – explica o
secretário estadual de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr.
Já entre as mulheres com até 45 dias
do parto (puérperas), a cobertura vacinal está em 82,88%, com 23.864 mulheres
já imunizadas. De acordo como subsecretário de Vigilância em Saúda da SES,
Alexandre Chieppe, os anticorpos gerados pela vacina são transferidos para o
bebê na hora da amamentação, garantindo a proteção nos primeiros seis meses de
vida.
- A vacina não oferece riscos para o
feto ou para o bebê e é fundamental para a proteção não só da mãe, mas também
dos filhos, logo no início da vida. Esta é uma proteção essencial para as
crianças neste período. Após os seis meses e até os cinco anos de vida, elas
também passam a ser um grupo prioritário para a imunização contra a doença –
reforça Chieppe.
De acordo com o Ministério da Saúde,
a vacina contra a gripe colabora de forma muito significativa para a redução do
número de internações por pneumonias e mortalidade por complicações da doença.
Passada a infância, a importância da
vacinação permanece
Quando se fala em vacina, logo vem à
mente a imagem de crianças em postos de saúde. O que nem todos sabem é que,
assim como na infância, as fases seguintes também têm suas vacinas a serem
tomadas: fora das campanhas de vacinação, adolescentes, adultos e idosos, têm,
prevista no calendário vacinal do Ministério da Saúde, a imunização especial
nestas faixas etárias – seja como dose única ou ainda como reforço.
Entre os 10 e os 19 anos, a pessoa
deve ser vacinada contra Hepatite B (caso não tenha completado o ciclo de três
doses na infância), Meningite Meningocócica C, HPV e os reforços contra
Difteria e Tétano (Dupla Adulto). A partir dessa idade e até os 60 anos, a
pessoa também pode ser imunizada contra febre amarela (nos locais onde a
vacinação for indicada ou ainda se há planos de viajar para áreas consideradas
de risco).
Na fase adulta, que vai dos 20 aos 59
anos, é possível completar o ciclo de imunização contra Hepatite B. O adulto
também deve ser imunizado contra Rubéola, Sarampo e Caxumba (vacina Tríplice
Viral) e obter a dose de reforço da vacina contra Difteria e Tétano, que devem
ser repetida a cada dez anos.
Os idosos também devem ser imunizados
contra Hepatite B, caso não tenham completado a imunização, e receber as doses
de reforço da vacina Duplo Adulto. No caso de gestantes, existem ainda
duas vacinas que devem ser observadas: a Dupla Adulto e a Dtpa, que protege
contra Difteria, Tétano e Coqueluche, que deve ser aplicada a partir da 20ª
semana de gestação, todas as vezes que a mulher ficar grávida.
Mas, como saber se o adulto está com
seu quadro vacinal em dia? Basta observar a caderneta de vacinação, um
documento importante e que deve ser guardado junto com os demais documentos
pessoais. Quem perdeu, pode procurar o posto de saúde onde normalmente era
vacinado, para resgatar o histórico de vacinação e pedir uma segunda via. Caso
isso não seja possível, a pessoa deve procurar o serviço de vacinação mais
próximo para refazer a vacinação conforme as recomendações do calendário
básico.
- Caso o adulto não se lembre se
tomou a vacina, ou não tenha registro disso na caderneta de vacinação, ele deve
procurar o posto de saúde para colocar suas vacinas em dia. Não há problema em
repetir a dose da vacina, caso a pessoa tenha sido imunizada anteriormente - explicou
o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde,
Alexandre Chieppe.
Ele acrescentou que manter a
imunização em dia é importante para evitar não só que as pessoas contraiam as
doenças, como também para deter a transmissão das doenças na população,
evitando surtos. Todas as vacinas indicadas para adolescentes e adultos que
fazem parte do calendário vacinal do Ministério da Saúde estão disponíveis
gratuitamente nos postos de saúde.
Campanhas – Além das
vacinas disponíveis nos postos, o Ministério da Saúde realiza também campanhas
periódicas para a imunização contra determinado tipo de doença, como ocorre com
a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Essas campanhas podem ocorrer
também de forma extraordinária, após avaliação de cenário epidemiológico, como
aconteceu em 2008, com a vacina contra a rubéola.
Nesses casos, é fundamental que todo
o público alvo das campanhas procure os postos de saúde para receberem o
imunizante, uma vez que a vacina é a melhor ferramenta para a erradicação de
determinadas doenças.
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