Uma mulher levou o marido morto a uma agência bancária de Campinas (SP), em uma cadeira de rodas, na tentativa de realizar a prova de vida do idoso e sacar a aposentadoria. O procedimento era uma exigência do banco para que ela pudesse trocar a senha do usuário e conseguir o acesso de sua conta. A estratégia não funcionou porque o atendente percebeu que o aposentado estava "inchado" demais. A ação aconteceu no dia 2 de outubro, mas só foi divulgada na quinta-feira (dia 15).
Segundo o boletim de
ocorrência, a mulher de 58 anos, que não teve a identidade divulgada, alegou
no Banco do Brasil que tinha perdido a senha de letras da conta do
suposto companheiro, um escrivão aposentado e viúvo de 92 anos. O banco
informou então que era necessário comparecer a agência para fazer a prova
de vida, como medida de segurança.
Ao chegar na agência, na
tentativa de apressar o atendimento, a mulher disse que o homem estava passando
mal. Mas um funcionário desconfiou da aparência do aposentado, e os bombeiros
foram acionados para ajudá-lo. Nesse momento, constataram que o idoso
estava morto há pelo menos 12 horas.
A equipe comunicou a Guarda
Municipal, que estava perto da agência. Essa, por sua vez, acionou a Polícia
Militar, que conduziu a mulher ao 1º Distrito Policial para registro da
ocorrência. O corpo do idoso foi enterrado no dia seguinte, e a Polícia Civil
investiga o caso.
Em nota, a Secretaria de
Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que "as diligências seguem para
esclarecer os fatos".
Também em nota, o Banco do
Brasil afirmou que "cumpriu todos os protocolos previstos no contrato
de prestação de serviço com a fonte pagadora".
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