SES terá 35 postos de vacinação até maio e meta é imunizar 95% do público-alvo
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Os mosquitos Haemagogus e Sabethes são os transmissores da febre amarela silvestre
Foto: Mauricio Bazilio / SES
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A Central do Brasil, espaço de grande circulação de pessoas foi o local
escolhido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para realizar uma nova ação
de bloqueio contra a febre amarela. A vacinação acontecerá de 18 a 21 de
fevereiro, das 8h às 13h, e a expectativa é que cerca de 500 pessoas sejam
imunizadas nos quatro dias. A SES tem como objetivo vacinar 4
milhões de pessoas e alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo.
Até o momento já foram imunizados cerca de 11 milhões de pessoas, o
que representa a 73% da meta.
Para alertar a população com relação à importância da vacinação e evitar
um surto da doença, a SES montou uma estratégia de imunização que vai até maio
com 35 postos de vacinação em lugares diferentes. Além da Central do Brasil, as
doses padrão estarão disponíveis na Praça XV, Calçadão de Nova Iguaçu, São João
de Meriti, Rodoviária Novo Rio, Ceasa, Mercado São Pedro, etc.
Edmar Santos, secretário de Estado de Saúde, explica que a SES elaborou
um planejamento amplo com a finalidade de reforçar o cinturão de bloqueio
contra a doença.
- São lugares estratégicos em que haverá postos para ampliar a cobertura
vacinal até maio. A dose é a garantia contra a febre amarela que também se
encontra disponível o ano inteiro nos postos municipais. É importante que a
população se proteja com a vacina – alertou Edmar.
No posto fixo montado na Central do Brasil, 12 profissionais, entre
médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, vão atender a população. O Corpo
de Bombeiros também participará da campanha com corpo técnico e suporte na
parte estrutural.
A Praça XV, no Centro, será o segundo local de atendimento do posto fixo
de vacinação da SES. Ele funcionará de 25 a 28 de fevereiro, no mesmo horário
da primeira ação. A partir de março, haverá postos fixos na Central do Brasil e
na Praça XV e volantes: Calçadão de Bangu, Praça das Nações, Rodoviária de
Campo Grande, Shopping Nova América, entre outros locais, com vacinação até o
dia 30 de maio.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, a
vacina tem restrições para alguns grupos.
- Ela não é indicada a bebês menores de 9 meses, pessoas com
contraindicações especiais (pacientes imunodeprimidos, com doenças
hematológicas graves, entre outras) e grávidas - explicou Chieppe.
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TIPOS DA DOENÇA
Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são
causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de
transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o
Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo
da doença.
Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e
Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre
é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica.
Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela
picada de mosquitos infectados.
CASOS EM MACACOS
Vale lembrar que o macaco não transmite a doença. Ele é também vítima do
mosquito e serve de alerta para identificar a presença do vírus em determinado
local. Ao todo, 19 municípios têm casos confirmados de febre amarela em macacos
em 2018. São eles: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Barra do Piraí,
Cachoeira de Macacu, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Miguel
Pereira, Mangaratiba, Paraty, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia,
Silva Jardim, Tanguá, Valença, Vassouras, e Volta Redonda.
SINTOMAS
Os principais sintomas da febre amarela são dor de cabeça, febre, amarelamento
da pele, dores musculares e articulares, náuseas, indisposição, entre outras
manifestações. Em 2018, foram registrados 262 casos de
febre amarela silvestre em humanos, com 84 óbitos. Os
mosquitos Haemagogus e Sabethes são os transmissores da febre amarela
silvestre. Já em 2019, a SES não registrou casos da doença.
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