Foto: Fiocruz |
O primeiro caso de infecção por Febre Oropouche no estado do Rio de Janeiro foi confirmado, nesta quinta-feira (29/02), para a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Trata-se de um homem de 42 anos, morador do bairro do Humaitá, na Zona Sul da capital, que tem histórico de viagem para o Amazonas e que segue sob investigação epidemiológica pela equipe de Vigilância em Saúde do município do Rio de Janeiro. O paciente não foi internado durante o período da doença e apresenta boa evolução do quadro clínico.
A confirmação foi feita por meio de exame laboratorial (IgM reagente) na própria Fiocruz. O caso está sendo considerado como “importado” e não de circulação doméstica do vírus (cenário em que há transmissão entre pacientes dentro do território). A classificação foi feita após análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que vive um expressivo aumento do número de casos nos primeiros meses de 2024.
“O Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde segue acompanhando a investigação sobre o caso; como o sintomas são muito parecidos com os da dengue, é importante que os médicos perguntem, logo no primeiro atendimento, se o paciente viajou para região Norte do país recentemente e, da mesma forma, quem viajou para a região Norte deve relatar esta informação, contribuindo assim para um diagnóstico mais preciso e o tratamento adequado”, orienta Claudia Mello, secretária de estado de Saúde.
A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim e pelo Culex quinquefasciatus, conhecido como pernilongo.
Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Não existe tratamento específico.
Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
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