segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Os desafios do comércio de Itaperuna após reabertura do setor

Já são 17 estabelecimentos do ramo fechados desde o começo da pandemia
Foto: RFItaperuna



O comércio de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, completou três meses de volta às atividades durante a pandemia e o sindicato do setor fez uma avaliação do cenário econômico. 

O sentimento geral é de otimismo. 

"Até o momento estamos de acordo com o protocolo estabelecido pela prefeitura", afirma Edmilson Ladeira, presidente do Sindicomércio do município. 

A maior preocupação para quem atua no comércio é a queda no setor de confecções, considerado referência para o município. 

"Já que não tem evento para ir, as pessoas não têm comprado", conta Edmilson. 

Já são 17 estabelecimentos do ramo fechados desde o começo da pandemia. 

A marca coincide com a alta no número de casos no município. No dia em que as atividades foram flexibilizadas, 29 de abril, Itaperuna registrava somente 12 casos confirmados. 

Três meses depois, a marca chega aos 1729 registros. Nos últimos 15 dias, houve um aumento de quase 500 confirmações. Mas ainda assim, as medidas de flexibilização continuam. 

Histórico de Casos Positivos no período de pandemia (11 de março a 07 de agosto): 2.045 pessoas. 

O Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro entraram com uma ação civil pública logo após a publicação do primeiro decreto que reabriu o comércio. A ideia era implementar o lockdown na cidade. 

"O Ministério Público recomendou ao prefeito que apresentasse os dados técnicos que embasaram a medida de flexibilização.", afirma o promotor do MPRJ, Matheus Rezende, "isso não nos foi apresentado nem em abril, nem até hoje". 

O pedido foi negado pela justiça, mas os órgãos decidiram recorrer da ação no mês passado. 

"(O aumento no número de casos) demonstra do ponto de vista científico que a medida de afrouxamento do isolamento social com a abertura do comércio impactou diretamente no aumento dos casos de Covid-19", avalia o promotor.

G1

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