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| Foto: Maurício Bazilio/ SES-RJ |
O segundo dia da 9ª Conferência Estadual de Saúde (ConfES), que aconteceu no sábado (27/05), no auditório do Teatro Odylo Costa Filho, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi marcado por quatro palestras. Os participantes destacaram a mobilização social para fortalecimento do SUS, falaram sobre a insegurança alimentar como fator de agravo da saúde, sobre a necessidade de aumentar os esforços para combater o preconceito e o crescimento de casos de tuberculose, além da ampliação do financiamento do setor de saúde como um direito básico para garantia de vida dos cidadãos.
A ConfES é realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), em parceria com o Conselho Estadual de Saúde e segue até este domingo (28), quando os debatedores definirão uma lista de 20 prioridades para o setor público de saúde do estado do Rio. Os temas selecionados serão levados à 17° Conferência Nacional de Saúde, no início de julho, em Brasília.
A abertura da conferência estadual ocorreu na noite de sexta-feira (26/05), com a participação do secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, e de autoridades do Ministério da Saúde, da cidade do Rio, da Fiocruz, da Promotoria de Saúde do MP e da Defensoria Pública do estado, do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RJ (Cosems-RJ) da Coordenação da Comissão Organizadora da Conferência. Além das propostas que serão levadas à edição nacional, a etapa estadual também vão eleger os 192 delegados que vão representar o Rio na Conferência Nacional, que será entre 2 a 5 de julho deste ano. Realizada a cada quatro anos, a conferência de saúde reúne vários segmentos da sociedade, como gestor, prestadores de serviços, usuários do SUS e trabalhadores da saúde. Tudo para reforçar o compromisso da saúde como direito do cidadão, além do financiamento para o setor.
Dr. Alexandre Oliveira Telles, diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro, falou sobre o primeiro eixo temático: “O Brasil que temos. O Brasil que queremos”.
- A conferência é uma oportunidade brilhante para debater o problema da insegurança alimentar que afeta nossa sociedade, isso inclui também uma moradia digna para quem precisa. A redução de leitos federais no Rio é uma questão que temos que tratar, bem como o concurso público para frear os vínculos profissionais precários - destacou Alexandre Oliveira.
O Conselheiro Nacional de Saúde, Paulo Henrique Garrido, falou sobre “O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas”.
- Temos que entender o SUS para garantir nossos direitos. A mobilização social é o maior instrumento que temos para avançar. Por isso, a importância deste encontro. Aumentar a inclusão do povo , ter a saúde como direitos de todos e vencer os desafios são nossas metas. As lideranças sociais salvam vidas com informações e ações e devem ser instimuladas. Temos que ter o direito básico, que é a vida com dignidade - frisou o conselheiro.
A garantia de um Sistema Único de Saúde de qualidade foi um dos temas abordado por Iracir França, que representou a Dra. Sônia Acioli, representante da ABEn na Comissão Intersetorial da Atenção Básica do Conselho Nacional de Saúde. Ela destacou o eixo: “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia” .
- Ofertar o SUS de qualidade para 100 por cento da população é um desafio. Todos usamos o Sistema Único, de forma direta ou indireta. Ao comprar alimentos ou uma medicação, temos a participação da Vigilância Sanitária, que gerencia a quantidade dos produtos. Há de se garantir a vida e a democracia, transferir recursos para o setor -, concluiu.
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