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Marcelo Camargo / Agência Brasil |
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai avaliar, junto ao Ministério da Saúde e demais entes do governo, além de atores não governamentais, a nova diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre adoçantes sem açúcar. Na última segunda-feira (15), o órgão das Nações Unidas publicou uma nota em que desaconselha o uso desse tipo de produto para controle de peso ou como estratégia para reduzir o risco de doenças não transmissíveis.
Em comunicado, a Anvisa
destacou que o estudo da OMS não tem como objetivo rever o perfil de segurança
dos adoçantes sem açúcar. “A recomendação é condicional, já que há necessidade
de reunir mais informações sobre as consequências versus os benefícios da sua
adoção, sugerindo aos países que ampliem a discussão em seus territórios,
incluindo dados sobre a extensão de consumo dessas substâncias pela população
nacional”.
“É importante destacar
que o uso de adoçantes no Brasil deve ser autorizado pela agência, que realiza
avaliações de segurança desses produtos. A análise é realizada com base nas
diretrizes do Comitê de Especialistas em Avaliação de Segurança de Aditivos
Alimentares da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO) e da OMS.”
Entenda
A recomendação da OMS é baseada em resultados de uma
revisão sistemática de evidências disponíveis que sugerem que o uso de
adoçantes sem açúcar não confere nenhum benefício a longo prazo na redução da
gordura corporal em adultos ou crianças. A lista inclui aspartame, sacarina,
sucralose, stevia e derivados.
Os resultados da
revisão, segundo a organização, também sugerem que pode haver efeitos
potenciais indesejáveis provenientes do uso prolongado de adoçantes, como risco
aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em
adultos.
Ainda de acordo com a
entidade, o ato de substituir o açúcar por adoçantes não ajuda no controle de
peso a longo prazo. A OMS pede que as pessoas considerem outras formas de
reduzir a ingestão de açúcar, como consumir frutas e outros alimentos
naturalmente adoçados, além de alimentos e bebidas sem nenhum tipo de açúcar.
“A recomendação se
aplica a todas as pessoas, exceto indivíduos com diabetes pré-existente, e
inclui todos os adoçantes sintéticos, naturais ou modificados que não são
classificados como açúcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados
ou vendidos separadamente em alimentos e bebidas.”
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