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Marcello Casal Jr./Agência Brasil |
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação
oficial do país, acelerou no final do ano passado e finalizou 2022 com o
acumulado de 5,79% ao ano, acima da meta do governo, impactando em diversos
indicadores e tributos brasileiros, inclusive o Imposto de renda (IR).
Com o aumento da
inflação e a defasagem da tabela do IR, que não é atualizada desde 2015, os
trabalhadores que ganham menos de um salário mínimo e meio (R$ 1.953 em 2023)
devem acabar sendo obrigados a declarar seus ganhos ao leão neste ano.
Isso se deve
também à elevação do salário mínimo atualmente vigente, de R$ 1.302, enquanto a
faixa de isenção para declarar o Imposto de Renda é de apenas R$ 1.903.
Segundo
levantamento do sindicato dos auditores da Receita Federal, o Sindifisco
Nacional, o aumento do IPCA aumenta ainda mais a defasagem acumulada da tabela
do IR, alcançando 148,1% em relação à inflação nos últimos 26 anos.
O estudo revela
que, entre 1996 e 2022, período considerado do estudo, a variação do IPCA somou
420,09%, superando os reajustes nas faixas de cobrança do Imposto de Renda, que
somaram 109,63%, resultando na defasagem de 148,1%.
Isenção do IR
A
pesquisa indica que a isenção do IR beneficiava em 1996 quem recebia até nove
salários mínimos, realidade que em 2023 cai para quem recebe até 1,46 salários
mínimos.
Em 2022, essa relação era de 1,57 salários,
caindo ainda mais neste novo ano.
Uma das principais promessas de campanha do
atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, foi justamente a atualização da
tabela do IR para R$ 5 mil, mas segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
(PT), a reformulação pode ficar apenas para o próximo ano.
Se a tabela seguisse inflação, a faixa de
isenção saltaria de R$ 1.903,98 para R$ 4.683,95, isentando 13 milhões de
contribuintes.
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