sábado, 7 de maio de 2016

CBF pode usar tecnologia na arbitragem no Brasileiro

Sérgio Corrêa é presidente da Comissão de Arbitragem da CBF

Em mais um dia dedicado ao debate na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a arbitragem entrou em discussão, com a presença não só de representantes do país, mas convidados internacionais. A utilização da tecnologia no futebol mais abordada e defendida pelo presidente da comissão de arbitragem da entidade, Sérgio Corrêa. 
- Estamos praticamente prontos em relação a isso (o uso da tecnologia). A parte operacional, estrutural está bem avançada. Agora precisa do "ok" da International Board para que possamos até antecipar. Estamos em tratativas para fazer dois treinos, em duas partidas de futebol. Vamos levar esse material para a próxima reunião, em maio, em Zurique ou na Holanda, onde a confederação holandesa irá demonstrar o sistema que eles têm treinado para que possamos, o mais rápido possível, colocar e poder ajudar. O futebol evoluiu demais, está tudo mais rápido, e o árbitro tem que acompanhar. E ele é um ser humano, ainda não tem olho biônico - considerou.
Presidente da Comissão de Arbitragem de Federação Portuguesa, Vitor Pereira também participou do evento na CBF, chamado "Semana do Futebol", e destacou a necessidade de aumento dos recursos. Segundo ele, os árbitros têm cada vez mais dificuldades, e as cobranças não diminuem. 
- O futebol começou com um, passou para três, depois foi o quarto árbitro, agora tem os árbitros adicionais, ou seja, já são seis, e todos podem decidir pênalti, cartão vermelho. Esse aumento tem a ver com o aumento da dificuldade da decisão porque o futebol evoluiu, é mais forte, é mais rápido, é jogado em menor espaço, e isso aumenta a dificuldade e leva com que a arbitragem corra atrás e procure continuar dentro da expectativa, que é decidir quase tudo na perfeição. Isso que procuramos, aumentar o número de árbitros e aumentar a tecnologia de modo que ajude o árbitro na decisão - afirmou. 
O brasileiro Wilson Seneme, membro da comissão de arbitragem da Conmebol, vê a tecnologia como uma aliada, mas lembra que sua utilização serve como um complemento. Para ele, 90% dos erros podem ser atribuídos a questões ligadas (direta ou indiretamente) ao posicionamento do árbitro. 
- São dois pontos importantes que considero: mal ângulo de visão e distância da jogada. Se o árbitro tem proximidade da jogada, e bom ângulo de visão, mais fácil que ele acerte... isso não garante nada. E aí vem a tecnologia que efetivamente pode entrar nesses 10%, que são lances difíceis, e que pode ajudar - afirmou.  
Além do Brasil, as federações da Holanda e dos Estados Unidos pediram autorização para a International Board para fazer o uso da tecnologia no futebol, com auxílio do uso de vídeo. Inicialmente, a previsão era de que o pedido seria analisado em março deste ano
SPORTV

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