O deputado Glauber Braga (PSOL‑RJ) ocupou na terça-feira a mesa da presidência da Câmara dos Deputados, em protesto contra o pedido de cassação de seu mandato, e foi retirado à força pela polícia legislativa após cerca de duas horas de impasse.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), classificou a ação de Braga como “desrespeito à Casa e ao Poder Legislativo” e destacou que a presidência “pertence à República, à democracia e ao povo brasileiro”. Motta afirmou ainda que determinou a apuração de possíveis excessos contra jornalistas durante a confusão, em cumprimento à liberdade de imprensa.
Braga se posicionou publicamente contra a tentativa de cassação, que decorre de processo por quebra de decoro parlamentar ligado a um episódio de agressão contra um militante externo à Casa. Ao ocupar a mesa, ele buscava chamar atenção para o que considera uma “perseguição política”.
A ação provocou tumulto no plenário, empurra-empurra entre parlamentares e a interrupção da transmissão da sessão pela TV Câmara, quando jornalistas foram retirados do local. O episódio reacendeu o debate sobre os limites do protesto parlamentar e a proteção às instituições democráticas.
Entidades de jornalismo já criticaram os excessos cometidos durante a retirada de Braga e reafirmaram a importância da cobertura livre e segura de atos do Parlamento.
C/ Agência Brasil
COMPARTILHE
Curta Nossa Página no Facebook
