quinta-feira, 20 de março de 2025

Leniel Borel cobra julgamento de Monique Medeiros e denuncia manobras para adiar júri popular




Quatro anos após o assassinato de Henry Borel, a espera por justiça se arrasta sem previsão de julgamento. A decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando a reavaliação da prisão de Monique Medeiros, reacendeu a revolta do vereador Leniel Borel (PP), pai do menino e um dos principais nomes na luta contra a violência infantil no Brasil. Para o vereador, o caso se tornou um símbolo da morosidade judicial e da estratégia de postergação adotada pela defesa dos réus.

“Mais um capítulo na luta por justiça nesses longos quatro anos. De novo, será julgado um pedido de liberdade da algoz do meu filho. Enquanto isso, o júri popular segue sem data, mesmo com um processo bem fundamentado e farto em provas. Não posso deixar que mais essa injustiça aconteça com meu filho. Eu, junto à sociedade, clamo por justiça por Henry Borel!”, afirmou Leniel.

Monique e o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, estão presos preventivamente desde 2021. O casal foi denunciado pelo homicídio qualificado e tortura do menino de 4 anos, que morreu no apartamento onde morava com a mãe e o padrasto. Laudos periciais comprovaram que Henry sofreu agressões severas antes da morte, descartando a versão inicial do casal de que ele teria sofrido um acidente doméstico.
Defesa aposta no tempo para minar julgamento

Para Leniel, a nova tentativa de soltar Monique não é apenas um pedido de liberdade, mas parte de uma estratégia maior da defesa dos réus para empurrar o júri popular para o mais distante possível.

“Eles insistem em recursos e mais recursos, tentando manipular o processo e enfraquecer o caso. Primeiro, pediram liberdade para Monique, depois para Jairinho. O objetivo é claro: desgastar a opinião pública e dificultar a condenação. Não podemos permitir que a Justiça seja feita refém dessas manobras”, denuncia o vereador.

Desde a prisão do casal, a defesa tem insistido em habeas corpus e questionamentos sobre provas, usando todos os meios disponíveis para atrasar o julgamento. Até o momento, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) não marcou a data do júri, sob justificativa de pendências processuais.
Pressão para que o júri seja marcado

Na avaliação do vereador, a manutenção da prisão preventiva de Monique Medeiros e Jairinho é essencial para garantir um julgamento justo e impedir qualquer interferência no processo. Ele ressalta que a liberdade dos acusados passaria um recado perigoso de impunidade, fragilizando a confiança na Justiça e incentivando a postergação do julgamento.

Além disso, lembra que a principal testemunha do caso, a babá Thainá Oliveira, já foi coagida, o que levanta uma preocupação ainda maior sobre a segurança de outras testemunhas que podem sofrer intimidações caso Monique seja solta.

Leniel também alerta para o risco de fuga e para as constantes tentativas da defesa de manipular o andamento do processo, deixando claro que o objetivo é adiar ao máximo o júri e criar um ambiente favorável para os réus escaparem de uma condenação.

“Meu filho não morreu em vão. Ele se tornou um símbolo da luta contra a violência infantil. Se esse crime brutal não for julgado com rigor, que mensagem estamos passando para o Brasil? Não podemos aceitar que os responsáveis fiquem impunes. Eu falo por Henry e por todas as crianças que precisam de justiça!” finaliza, reforçando que a sociedade precisa seguir atenta e mobilizada para que o caso não seja esquecido.

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