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Foto: Reprodução redes sociais |
Após 23 dias internada no Hospital municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos — baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma abordagem —, segue apresentando um bom estado de saúde. A jovem, que teve uma piora na semana passada, responde bem ao tratamento para controle de uma infecção, não tem necessidade de sedação, desperta e interage com o meio, diz o boletim divulgado nesta quinta-feira.
De acordo com o informe do hospital, Juliana apresenta estabilidade hemodinâmica e segue respirando por meio da traqueostomia. Ela já está novamente em processo de desmame da ventilação mecânica, para a qual voltou no último dia 7, e já fica fora do suporte ventilatório durante alguns períodos. A agente de saúde realiza fisioterapia motora e respiratória.
"Do ponto de vista neurológico, não apresentou novos sintomas, sem novos déficits e sem necessidade de nova abordagem neurocirúrgica. A paciente segue em terapia intensiva, em acompanhamento pelo serviço de neurocirurgia, psicologia, em conjunto com equipe multidisciplinar. Sem previsão de alta do CTI", afirma o boletim.
A agente de saúde foi baleada na noite de 24 de dezembro quando ia para Niterói, na Região Metropolitana do Rio, cear com parentes. O carro da família seguia pela Rodovia Washington Luiz (BR-040), na altura de Duque de Caxias, quando foi alvo de tiros disparados pelos agentes da PRF. Cerca de 30 disparos atingiram o veículo.
Policiais prestaram depoimento
Os policiais rodoviários envolvidos na abordagem prestaram depoimento para esclarecer o que aconteceu na divisão da Polícia Federal de Nova Iguaçu na manhã seguinte à abordagem.
Em nota, a PRF informou que a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apurar os fatos relacionados à ocorrência. Segundo a corporação, os agentes envolvidos foram afastados "preventivamente de todas as atividades operacionais".
"A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso", disse a nota.
Extra
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