Pedido foi reforçado por Cláudio Castro em encontro com o presidente Lula
Na quarta, o secretário Dr. Luizinho detalhou o projeto ao Ministério da Saúde |
O Governo do Estado pediu ao
Ministério da Saúde para estadualizar o Hospital Federal da Lagoa. O objetivo é
transformá-lo no Instituto Estadual do Câncer do Rio de Janeiro, unidade
especializada no diagnóstico e tratamento da doença. A proposta foi protocolada
em janeiro deste ano e o pedido foi reforçado pelo governador Cláudio Castro em
encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, na
segunda-feira (12.06).
“A universalização do
atendimento de oncologia no estado é uma meta da nossa gestão. Falei ao
presidente sobre essa necessidade no Estado do Rio. Queremos que o Hospital
Federal da Lagoa seja um grande centro oncológico. A iniciativa vai desafogar
os atendimentos no INCA, que está acima de sua capacidade para atender a
população. Essa é uma medida fundamental para a melhoria da saúde da nossa
população”, destacou o governador.
Na última quarta-feira (14/06), o
secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Dr. Luizinho, detalhou o
projeto do estado ao secretário de Atenção Especializada do Ministério da
Saúde, Helvécio Magalhães, em Brasília. Segundo o secretário, a proposta foi bem
aceita e passará agora para a análise da área jurídica do ministério. Ele
informou que o Estado do Rio de Janeiro tem caixa para fazer frente aos
investimentos necessários para a implementação da iniciativa.
“O Governo Federal aloca cerca
de R$ 10 milhões por mês para o hospital. Se a parceria avançar, vamos colocar
pelo menos mais R$ 10 milhões de recursos próprios. Não teríamos problemas com
isso”, destacou Dr. Luizinho.
A proposta é que a unidade se
torne referência para o tratamento de câncer, com ênfase na radioterapia e na
quimioterapia. O projeto faz parte de um objetivo maior: a criação de um
complexo de enfrentamento ao câncer, com institutos estaduais na Zona Sul e na
Zona Oeste do Rio, na Baixada Fluminense e em Nova Friburgo.
“Temos hoje leitos
vazios em todos os hospitais federais. O remanejamento de especialidades do
Hospital da Lagoa para outras unidades vai melhorar o atendimento à população e
ali será concentrado de forma plena o tratamento para o câncer. Não se trata da
desativação do Hospital da Lagoa, mas sim de sua ampliação, de forma mais
eficaz. A tendência mundial são os hospitais especializados, por isso a gente
investe em hospitais de mais alta complexidade”, explica o secretário.
O objetivo da iniciativa é
reduzir o tempo de espera das filas. Segundo o secretário, um dos maiores
problemas no mundo todo são os casos oncológicos. Com o avanço tecnológico,
estão sendo feitos mais diagnósticos de câncer. A inversão da pirâmide etária,
com a população vivendo mais, também leva a uma incidência maior da doença. Com
isso, surge a necessidade de que o Rio de Janeiro traga para si o protagonismo
de estruturar o atendimento ao câncer.
“Essa é uma política pública
de enfrentamento ao câncer. É uma decisão de gestão para otimizar as instalações
do Hospital Federal da Lagoa e avançar de forma mais econômica e mais rápida na
solução para a demanda de serviços de oncologia no estado. Será um dos maiores
equipamentos públicos para tratamento do câncer no Brasil. Estamos num momento
de olhar para o futuro. Precisamos ampliar os nossos serviços”, destacou o
secretário de Saúde.
O futuro Instituto Estadual do
Câncer, estima a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), representaria um
aporte entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões por ano, que seria gerido pela
Fundação Saúde. Além da nova unidade, há a previsão de concluir até o fim do
ano a construção do hospital especializado com 58 leitos em Nova Friburgo para
atender os moradores da Região Serrana.
Outras duas unidades
oncológicas serão instaladas: uma na Baixada Fluminense, já com o projeto
pronto, o Instituto do Câncer da Baixada Fluminense, e outra na Zona Oeste do
Rio, o Instituto Estadual do Câncer da Zona Oeste, em fase de escolha do local
adequado para a implantação.
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