Uma criança de 3 anos morreu após
ser arremessada pela
janela pelo padrasto no início da tarde de hoje, no Cachambi, Zona Norte da
cidade. O menino Enzo Almeida Pelegrini chegou a ser socorrido e levado para o
Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resisitiu. O padrasto pulou
pela janela após ter jogado a criança e morreu na hora.
Camila
Cerqueira, a mãe de Enzo Almeida Pelegrini, contou na delegacia que mantinha um
relacionamento com Luiz Eduardo Lopo, de 38 anos, há oito meses. Ela disse que
suspeitava que ele sofresse de problemas psiquiátricos, embora não fizesse
nenhum tipo de tratamento.
Muito abalado, o pai do menino, Adriano Bruno Peregrino da Silva, esteve no
hospital para levar a documentação da criança e não quis falar com a imprensa.
Ele contou a um policial militar, que trabalha na unidade de saúde, que brigava
há um ano e meio pela guarda do filho na Justiça.
De acordo com o depoimento
de Camila, eles dormiram na última noite no apartamento dele, na Rua Cachambi,
e acordaram bem. No início da tarde, Luiz começou a gritar e arremessar objetos
do apartamento, que fica no quarto andar. Em seguida, ainda de acordo com a mãe
do menino, ele desceu e passou a se jogar na frente aos carros. Logo após, Luiz
Eduardo subiu novamente e arremessou a criança. Quando Camila retornou ao
térreo para socorrer o próprio filho, o padrasto da criança se jogou. Luiz
Eduardo Lopo morreu na hora.
Na delegacia, Camila contou que
morava com a mãe até esta segunda-feira, em Brás de Pina. No entanto, após uma
briga envolvendo Luiz, sua mãe não permitiu que eles continuassem por lá.
Vizinhos dizem que surtos do padrasto eram
comuns
O
relato da vizinhança, porém, contradiz o depoimento de Camila. No local, os
vizinhos dizem que os surtos do homem eram comuns e que ele fazia uso de
drogas.
—
Era muito agressivo quando estava sob efeito de drogas. A PM já foi acionada
várias vezes para cá por conta de escândalos que ele promovia — disse uma
mulher.
Uma
técnica de enfermagem que trabalha proximo ao prédio onde tudo aconteceu, viu
quando Luiz se jogou da cobertura, no 5° andar.
—
Ele, literalmente, deu um mortal e se jogou de cambalhota — contou.
Ela
tentou socorrê-lo, mas o homem morreu na hora.
—
O rapaz que mora no apartamento ao lado contou que durante a noite foi muita
confusão, muita gritaria e barulho de coisas quebrando — revelou ela.
Os
moradores da Rua Cachambi ficaram inconformados.
—
Estava trabalhando quando recebi a notícia. Fiquei espantado — disse um rapaz.
Entre
os objetos lançados por Luiz, havia um pote contendo um pó branco.
A
delegada Marcia Beck ainda vai ouvir o pai biológico da criança, a mãe de
Camila e a mãe de Luiz. Os depoimentos devem ser prestados ao longo da semana.
A
perícia foi acionada para o local. A polícia informou que as investigações
estão em andamento na 23ªDP (Méier) para apurar os fatos. A mãe da criança
encontra-se, neste momento, prestando depoimento na unidade policial.
ExtraOnline
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