terça-feira, 6 de novembro de 2012

Rio ganha 220 guarda-parques para patrulhar áreas ambientais

Estado contará com um contingente especializado nas unidades de proteção

 
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) efetivou, nesta segunda-feira (05/11), 220 guarda-parques que atuarão em todos os parques e reservas do Estado. Os agentes agora passarão por um período de adaptação nas unidades para as quais foram designados e a partir de janeiro farão um treinamento de dois meses. Serão duas turmas de 110 alunos distribuídos na Estação Ecológica Estadual do Paraíso, em Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, e no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

Com a entrada em ação dos 220 guarda-parques, o Estado do Rio se torna o primeiro do país a contar com um contingente especializado nas unidades ambientais. Eles atuarão na proteção da biodiversidade e do patrimônio histórico, arqueológico, paleontológico e espeleológico; na educação ambiental; na prevenção de incêndios florestais e outras formas de agressão; além da busca de pessoas perdidas e resgates simples nas trilhas.

- Esse é um avanço de consolidação das áreas de conservação do Estado. Com essa medida, teremos uma presença que nunca tivemos antes, forte. Teremos fiscalização e muito contato com a comunidade para conscientizar sobre a importância de combater os crimes ambientais, a caça predatória, a questão do fogo, manter a unidade de conservação íntegra - explicou Marilene Ramos, presidente do Inea.

Os guarda-parques contarão com o apoio de 22 viaturas para o patrulhamento das áreas. O Estado do Rio investiu R$ 10 milhões na aquisição de equipamentos e treinamento dos agentes. O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, o objetivo é implantar uma doutrina de cuidado permanente dos parques e reservas de todo o Estado.

- Esse é um dia histórico para a conservação da biodiversidade do Estado e um modelo que a gente gostaria de ver replicado em outros pontos do país. A chegada desses guarda-parques será uma revolução em termos de gestão dos nossos parques e reservas biológicas e estações ecológicas - garantiu Ilha.

Os novos servidores passaram por um processo de seleção pública e foram contratados por três anos, com possibilidade de renovação por mais dois. A turismóloga mineira Rogéria Cristina Lopes de Castro, de 30 anos, decidiu deixar o trabalho em um resort na Bahia para trás para apostar no projeto. Há três dias hospedada na casa do tio em Arraial do Cabo, ela agora se prepara para o novo trabalho e a procura de um novo lar.

- Eu tenho uma especialização na área ambiental buscando trabalhar com unidades de conservação. E o meu grande sonho é chegar a um cargo de gerência. Então, guarda-parque me possibilitou vir para mais para perto de casa e trabalhar com o que me identifico - afirmou Rogéria, que trabalhará no Parque Estadual Costa do Sol, na Região dos Lagos.

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