O ator Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, morreu nesta quinta-feira, 19, aos 91 anos. Ele estava há 20 dias internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Longe da TV desde 2023, quando fez uma participação na série "No corre", da Globo, ele falou sobre seu estado de saúde em sua última entrevista, no início do maio. Na ocasião, ele contou que estava pesando 130 kg, com "dificuldades de locomoção", e que "não conseguia mais ficar em pé sozinho" , além de estar "utilizando uma sonda nasal".
Cuoco estava morando com a irmã de 86 anos em um apartamento na zona sul de São Paulo e dependia de cuidadores para atividades cotidianas como se levantar da cama e tomar banho.
“Tenho alguns problemas de saúde, de locomoção. Mas é suportável”, disse o ator, em entrevista à Folha de S. Paulo, contando que além do sobrepeso, está com "as pernas inchadas e os pés arroxeados".
Cuoco, que foi um dos principais galãs das novelas nos anos 1970, contou na entrevista que perdeu o interesse por tramas televisivas. “Assisto ao jornal, alguma reportagem mais interessante. Mas perdi o interesse em novelas. Vejo filmes. Mas não sempre, porque eles são muito longos”, afirmou.
Mesmo com falhas na memória, ele ainda recorda com carinho momentos marcantes da carreira. “Lembro direitinho. É chocante, foram muitos encontros, muitos achados na teledramaturgia. Foi muito bom. Eu não sei o que seria da arte sem esses momentos preciosos. [...] Eu era especial. Tenho fotografia da época, e vejo que era um 'galãzura' mesmo", brincou.
O ator foi tema no início de maio do especial "Tributo", da Globo, que fez uma homenagem à sua carreira, consagrado como um dos maiores galãs da história da TV. Na pele do taxista Carlão, ele protagonizou a primeira versão de “Pecado capital”, novela que parou o país em 1975. Cuoco deixa três filhos.
Extra
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