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No ano que vem, o salário mínimo nacional deve subir para R$ 1.509 em 2025. O valor conta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), divulgado nesta sexta-feira (dia 30) pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o piso salarial do país é de R$ 1.412.
A proposta orçamentária tem de ser aprovada pelo Congresso Nacional. O valor representará uma alta de 6,87% em relação ao mínimo atual.
Antes, a previsão era de um piso nacional de R$ 1.502 para o ano que vem — esse valor consta do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.
O novo salário mínimo começa a valer oficialmente no dia 1º de janeiro, mas o pagamento é feito em fevereiro.
Por que o governo decidiu mudar a previsão do salário mínimo para o ano que vem?
Como algumas previsões macroeconômicas mudaram, como de inflação, a estimativa é de um salário mínimo maior.
O salário mínimo real e aumento do piso ainda podem sofrer alterações caso a inflação seja maior ou menor do que o previsto pelo governo, ou o IBGE faça eventuais revisões no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.
Como é feito o cálculo do salário mínimo?
O aumento está de acordo com o cálculo da nova regra de valorização do salário mínimo. A fórmula leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, que a é soma de riquezas do país) nos dois anos anteriores e a inflação calculada no período de 12 meses até novembro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é o indicador usado para corrigir o salário mínimo. O governo estima que ele deva alcançar 3,65% acumulado neste ano. Em 2026, o piso deve ser de R$ 1.595. No ano seguinte, R$ 1.687. Em 2028, R$ 1.783.
Qual o impacto do aumento do mínimo nos gastos públicos?
Cada R$ 1 de aumento do mínimo, gera mais de R$ 350 milhões em gastos, porque o valor é o piso da maior parte das aposentadorias e pensões.
Pressionado a reduzir gastos, o governo iniciou um pente-fino em benefícios previdenciários e sociais que prevê economizar R$ 25,9 bilhões no ano que vem.
Também houve uma discussão interna sobre desvincular alguns benefícios que são reajustados de acordo com o salário mínimo, o que poderia gerar uma economia nos próximos anos.
Em junho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, citou auxílios como Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), abono salarial, seguro-desemprego e auxílio-doença como passíveis de desvinculação do mínimo. A discussão, no entanto, não avançou.
Extra
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