Desde o início de 2024, o preço do café no varejo sofreu um aumento significativo, de aproximadamente 35%. Especialistas projetam que essa tendência continue pelo menos até o primeiro semestre de 2025, impulsionada por fatores climáticos.
Entre abril e agosto deste ano, o preço médio do quilo de café passou de R$ 29,18 para R$ 39,63.
Segundo Celírico Inácio, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o aumento deve persistir, com uma expectativa de alta adicional entre 10% e 15% nos próximos 60 dias.
Inácio também apontou que os supermercados estão tentando conter a alta, negociando diretamente com os fornecedores.
A principal causa dessa elevação é climática. A falta de chuvas e as temperaturas elevadas em regiões produtoras de café no Brasil preocupam os cafeicultores.
Caso as chuvas não se regularizem até o final de setembro, há receio de que a produção seja insuficiente para atender tanto o mercado interno quanto as exportações. Inácio alertou que, se o cenário de estiagem se repetir, a produção pode sofrer nova queda, prolongando o período de preços voláteis.
A ABIC prevê que a pressão sobre os preços se mantenha ao longo de 2025, sem sinais de queda no custo da matéria-prima.
A expectativa é que a estabilização só ocorra se o clima colaborar nos próximos meses, possibilitando uma safra robusta.
Linhares Jr
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