quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Vapes viram escultura lúdica em exposição da Secretaria de Estado de Saúde



Mauricio Bazilio (Divulgação SES/RJ)



A Secretaria de Estado de Saúde lançou nesta quarta-feira (25/09), durante o evento “Saúde – Inovação e Inteligência Artificial Aplicada na Saúde”, uma exposição que alerta para os perigos do uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vape. A mostra, que acontece na CasaG20, faz parte da campanha ‘Vape é Jogo Sujo’ e inclui uma escultura em formato de pulmões construída com dispositivos descartados pela população e telas criadas com recicláveis.

‘’No Dia Mundial do Pulmão, a Secretaria de Estado de Saúde ocupa a CasaG20 para falar de inovação e alerta para o perigo que os cigarros eletrônicos representam, especialmente para adolescentes e jovens. Ao longo dos últimos anos, temos combatido o tabaco, agora chegou a hora de juntarmos esforços para dizer não a esses dispositivos, que são tecnológicos e atraentes, mas podem matar”, afirmou a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.

A exposição está disponível na CasaG20 até amanhã (26) e depois vai circular pelo estado em ações de Educação em Saúde. As obras foram criadas pelos artistas André Rongo, responsável pela escultura e por Alfredo Borret, que produziu as telas.

“A escultura se tornou algo marcante na minha vida porque tenho familiares que usam vapes. Estou lisonjeado por trazer a minha arte sustentável através dessa parceria com a SES, mostrando não só para o nosso estado, mas para o Brasil e para o mundo a importância de preservarmos o meio ambiente e também o ser humano”, disse André Rongo.

Campanha ‘Vape é Jogo Sujo’

Iniciada em agosto deste ano, a campanha contra o uso do vape já passou por estações de trem e metrô e segue instalada na Universidade Iguaçu (Unig), em Nova Iguaçu. Os usuários de vape podem descartar os dispositivos em urnas. Até amanhã, a CasaG20 terá uma urna disponível.

Danos à saúde

Assim como o cigarro convencional, o eletrônico é motivo de preocupação de especialistas da saúde no mundo. É visto por especialistas em saúde pública como inimigo que pode ser ainda mais nocivo. O objetivo da campanha é promover o debate sobre o tema e esclarecer dúvidas sobre os malefícios causados pelos dispositivos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) destaca que o uso do aparelho aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarros convencionais. Segundo os pesquisadores, isso acontece porque os dispositivos eletrônicos que contêm nicotina podem levar à dependência dessa substância, o que leva os usuários a buscarem os produtos convencionais de tabaco.

A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) - realizada por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio do Ministério da Educação (MEC) - revelou que, em 2019, 16,8% dos estudantes de 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico; sendo 13,6% com idade entre 13 a 15 anos e 22,7% na faixa etária de 16 e 17 anos. A experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).

A Casa G20 ocupa a Casa Laura Alvim, na Av. Vieira Souto, 176, em Ipanema.

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