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Lula e o neto, Arthur, de 7 anos, que morreu nesta
sexta-feira vítima de meningite
Foto: Reprodução Facebook
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva solicitou à Justiça nesta sexta-feira autorização para que o
petista possa acompanhar o velório e o enterro do seu neto, Arthur, de 7 anos.
O garoto morreu de meningite em um hospital de Santo André, no ABC paulista,
nesta sexta-feira.
Nos bastidores,
a notícia da morte do neto do ex-presidente sensibilizou a PF. Agentes
acreditam que há viabilidade e tempo hábil. Dentro da PF em Curitiba, onde Lula
está preso desde abril do ano passado, eles já tentam antecipar o planejamento
para uma eventual viagem do petista a São Paulo.
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Arthur deve ser cremado às 12h deste sábado no Cemitério das Colinas, em São
Bernardo do Campo.
Arthur era o
quinto dos seis netos do ex-presidente. Filho de Marlene Araujo Lula da Silva e
Sandro Luis Lula da Silva, filho do meio de Lula, o garoto nasceu em 2012, em
São Paulo, quando o ex-presidente fazia um tratamento contra o câncer na
laringe, um ano depois de deixar a Presidência da República.
A presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffmann, disse que fará "de tudo" para que o ex-presidente consiga
autorização da Justiça para ir ao enterro. Em nota, ela afirmou que "Lula
tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene,
o luto pela morte do pequeno Arthur". As cerimônias ainda não foram
marcadas.
No fim de
janeiro, Lula foi proibido pela Justiça de acompanhar o enterro do seu irmão
Genival Inácio da Silva, Vavá, que morreu vítima de câncer aos 79 anos. O
pedido da defesa foi negado por duas instâncias da Justiça Federal . A juíza
Carolina Lebbos e o desembargador Leandro Paulsen afirmaram que havia risco de
manifestações e de que a operação seria muito cara.
Na época, os
advogados argumentaram que até durante a ditadura militar Lula foi autorizado a
sair da cadeia para acompanhar o enterro da mãe. O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) autorizou a ida de Lula a São Bernardo do Campo, mas a
liberação chegou minutos antes do enterro, e o petista não saiu da PF, em
Curitiba.
O artigo 120 do Código de Execução Penal
diz que uma das possibilidades em que condenados em regime fechado possam obter
permissão para sair da prisão é o "falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou irmão".
Só no primeiro
semestre de 2016, 88.564 presos foram autorizados a deixar a cadeia para
acompanhar enterros ou tratamento médico de familiares, segundo o Levantamento
Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).
Governador da
Bahia, Rui Costa (PT) também defendeu que Lula seja autorizado pela Justiça a
participar do enterro do neto.
— Manifesto o
meu apoio ao presidente Lula neste momento de profundo pesar. Espero que
prevaleça o bom senso, a justiça e até o sentimento de solidariedade humana no
sentido de que Lula seja autorizado a se despedir do neto.
O deputado federal Alexandre Padilha
escreveu, em suas redes sociais que "temos que redobrar o carinho a Lula,
Sandro, Marlene e toda a família. Que a energia se renove e a esperança não se
apague."
Em nota, o
Hospital Bartira informou que Arthur deu entrada na unidade às 7h20 desta
sexta-feira com quadro instável e não resistiu com o agravamento da doença. O
neto de Lula morreu às 12h36, "devido ao agravamento do quadro infeccioso
de meningite meningocócica".
Extra
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