sexta-feira, 1 de março de 2019

Lava Jato concorda com saída de Lula para velório de neto e governo do PR coloca avião à disposição

Lula e o neto, Arthur, de 7 anos, que morreu nesta sexta-feira vítima de meningite
Foto: Reprodução Facebook



A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou à Justiça nesta sexta-feira autorização para que o petista possa acompanhar o velório e o enterro do seu neto, Arthur, de 7 anos. O garoto morreu de meningite em um hospital de Santo André, no ABC paulista, nesta sexta-feira. 
Nos bastidores, a notícia da morte do neto do ex-presidente sensibilizou a PF. Agentes acreditam que há viabilidade e tempo hábil. Dentro da PF em Curitiba, onde Lula está preso desde abril do ano passado, eles já tentam antecipar o planejamento para uma eventual viagem do petista a São Paulo.


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Arthur deve ser cremado às 12h deste sábado no Cemitério das Colinas, em São Bernardo do Campo.
Arthur era o quinto dos seis netos do ex-presidente. Filho de Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do meio de Lula, o garoto nasceu em 2012, em São Paulo, quando o ex-presidente fazia um tratamento contra o câncer na laringe, um ano depois de deixar a Presidência da República.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que fará "de tudo" para que o ex-presidente consiga autorização da Justiça para ir ao enterro. Em nota, ela afirmou que "Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur". As cerimônias ainda não foram marcadas.
No fim de janeiro, Lula foi proibido pela Justiça de acompanhar o enterro do seu irmão Genival Inácio da Silva, Vavá, que morreu vítima de câncer aos 79 anos. O pedido da defesa foi negado por duas instâncias da Justiça Federal . A juíza Carolina Lebbos e o desembargador Leandro Paulsen afirmaram que havia risco de manifestações e de que a operação seria muito cara.
Na época, os advogados argumentaram que até durante a ditadura militar Lula foi autorizado a sair da cadeia para acompanhar o enterro da mãe. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a ida de Lula a São Bernardo do Campo, mas a liberação chegou minutos antes do enterro, e o petista não saiu da PF, em Curitiba.
O artigo 120 do Código de Execução Penal diz que uma das possibilidades em que condenados em regime fechado possam obter permissão para sair da prisão é o "falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
Só no primeiro semestre de 2016, 88.564 presos foram autorizados a deixar a cadeia para acompanhar enterros ou tratamento médico de familiares, segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).
Governador da Bahia, Rui Costa (PT) também defendeu que Lula seja autorizado pela Justiça a participar do enterro do neto.
— Manifesto o meu apoio ao presidente Lula neste momento de profundo pesar. Espero que prevaleça o bom senso, a justiça e até o sentimento de solidariedade humana no sentido de que Lula seja autorizado a se despedir do neto.
O deputado federal Alexandre Padilha escreveu, em suas redes sociais que "temos que redobrar o carinho a Lula, Sandro, Marlene e toda a família. Que a energia se renove e a esperança não se apague."
Em nota, o Hospital Bartira informou que Arthur deu entrada na unidade às 7h20 desta sexta-feira com quadro instável e não resistiu com o agravamento da doença. O neto de Lula morreu às 12h36, "devido ao agravamento do quadro infeccioso de meningite meningocócica".






Extra


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