sábado, 29 de outubro de 2016

Pezão defende política de incentivos

Governador participou da abertura do seminário na Firjan


O governador Luiz Fernando Pezão defendeu, nesta sexta-feira (28/10), a política de incentivos fiscais para atrair empresas e gerar empregos. Segundo Pezão, a concessão dos incentivos contribui para a movimentação da economia e aumento da arrecadação. Ele negou ainda que os incentivos foram responsáveis pela crise financeira do estado.

- Esses incentivos é que possibilitam que diversas empresas, diversos segmentos ainda estejam ajudando na nossa arrecadação e gerando emprego. Não teríamos a Nissan, todo o setor leiteiro, a fábrica de carnes que será inaugurada no distrito industrial de Queimados, todo o polo da Michelin, a L’Oréal. Temos todos os inventivos discriminados. Ou a gente faz um pacto entre os estados e ninguém mais dá incentivos ou a guerra fiscal vai continuar. E nós não vamos ficar de fora. A gente só cresce com a geração de empregos, com a renda circulando, e isso é possível através das indústrias que se instalaram aqui - afirmou.

No período entre 2010 e 2015, as isenções fiscais somaram R$ 33,2 bilhões. De acordo com Pezão, os critérios de concessão foram baseados em leis aprovadas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

- Nós temos confiança nos nossos números e nós mostramos que não foram dadas isenções. O estado reduziu o imposto. A gente recebe o imposto. Quando nós damos incentivos a Nissan, a Peugeot Citroën, a Volkswagen, a Land Rover, essas empresas têm o incentivo financeiro. Ficam ali dez anos pagando o imposto menor, mas depois elas vão recolher esse imposto. Nós utilizamos o recurso desse fundo. Então o estado não está abrindo mão de impostos. Nosso incentivo é financeiro, a empresa recolhe o ICMS. Nós vamos abrir todos os nossos números, prestar todos os esclarecimentos. Uma coisa que eu mais estou lutando dentro do governo hoje, e a gente já evoluiu na transparência, eu quero chegar ao final de 2018, com todo governo do estado – não sei se vai ser o maior – mas eu quero chegar ao que tem de melhor dentro do país na transparência – destacou.

O governador disse ainda que esteve essa semana em Brasília com o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, discutindo a reforma da previdência pública. Segundo Pezão, os estados devem fechar uma proposta no próximo dia 4 para levar ao governo federal.

- Eu e o governador Raimundo Colombo ficamos encarregados pelo presidente Michel Temer de fecharmos uma proposta dos estados para apresentar a ele e à equipe do ministro Eliseu Padilha. A gente tem um fórum dia 04 com todos os secretários de Fazenda e as equipes de administração dos estados para fechar essa proposta. O governo fez a proposta do regime geral deles, do INSS. Nós estamos colocando a nossa proposta da previdência pública. Essa discussão que a gente quer fazer. Nós não queremos penalizar o servidor público, mas nós temos que ter uma previdência equilibrada atuarialmente - contou.

Pezão informou também que a arrecadação diminuiu e que o Rio voltou ao custeio de 2013. Segundo ele, novas medidas serão anunciadas na próxima semana.

- Tem uma série de medidas que o estado vai tomar, vamos enxugar mais ainda. A arrecadação não está se recuperando. Não é só no Rio. Eu estava falando com o governador Geraldo Alckmin. São Paulo é um termômetro para nós no país. A arrecadação não está crescendo. A gente viu ontem os números do governo federal da arrecadação não se recuperando. Então, temos que arrumar um jeito de equilibrar as nossas contas - explicou.

O governador participou da abertura do seminário "Infraestrutura Fluminense - desafios e oportunidades", promovido pela Firjan. Durante o encontro, Pezão afirmou que é preciso concluir as obras necessárias para eliminar os gargalos nas rodovias fluminenses.

- Não dá para a gente abrir mão da duplicação da Serra das Araras, de terminar o túnel da Rio-Petrópolis – falta 1km para ser terminado -, tem uma série de investimentos aí. Tem a duplicação de Rio Bonito até Itaboraí para tirar esse gargalo da ponte Rio-Niterói. Isso já está pronto. Já poderia estar gerando emprego, gerando renda. Eu acho um absurdo a gente estar com algumas obras paralisadas e outras não iniciadas - disse.

Participaram ainda do seminário o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal, Moreira Franco, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, e o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugênio Vieira. 

COMPARTILHE

Curta Nossa Página no Facebook

Compartilhe

CURTA A NOSSA PÁGINA