quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Pesquisador brasileiro ganha o prêmio mundial em biodiversidade

Mestrado sobre desmatamento na Amazônia foi selecionado pela Plataforma Global de Informação sobre Biodiversidade


Brasileiro recebeu bolsa de € 4 mil (euros) para financiar estudos



O pesquisador Bruno Umbelino da Silva Santos, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio mundial Jovens Pesquisadores na área de tecnologia da informação para a biodiversidade.
O tema da dissertação de mestrado de Santos foi "Mapeando a perda do conhecimento da biodiversidade na Amazônia em função do desmatamento histórico e futuro".
O prêmio no valor de € 4 mil (euros) é concedido pela Plataforma Global de Informação sobre Biodiversidade (GBIF, na sigla em inglês) para financiar as pesquisas. 
"Eu quis estudar os impactos antropogênicos na floresta tropical Amazônia, uma das mais importantes do mundo. Avaliar a ação do homem ao longo do tempo e, com isso, gerar um alerta para mudança de comportamento futuro", explicou Santos.
Com base em um modelo que estima a totalidade de dados na região, ele pretende quantificar o conhecimento sobre a biodiversidade já perdido em decorrência do desmatamento e projetar um mapa que possa ser um instrumental para a orientação de amostragens de campo e pesquisas futuras, especialmente quando usado juntamente com dados atualizados sobre o desmatamento.
Segundo o estudo, o declínio na qualidade dos dados pode trazer consequências graves para o planejamento da conservação, uma vez que os pesquisadores passam a construir modelos de distribuição de espécies com dados incompletos de florestas que não existem mais e que, por definição, não podem ser inventariados novamente.
"Considero que o uso de grandes bancos de dados (Big Data) é bastante relevante no suporte aos estudos conservacionistas, biogeográficos e de outras subáreas da biologia. Sua relevância vai da maximização do tempo de coleta, completude de dados e maior precisão na inferência das amostras", afirmou o pesquisador.
Como parceiro do GBIF no Brasil, o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) foi responsável pela seleção nacional que indicou o estudante como concorrente brasileiro. A ação conta com suporte técnico do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
Nesta sexta-feira (27), o plano de implementação da Plataforma Global de Informação sobre a Biodiversidade para 2017-2021 será tema de simpósio científico promovido pelo SiBBr. Aberto ao público, o simpósio "SiBBr: Implementando o GBIF no Brasil" acontece na quinta-feira (27), entre 9h e 17h, no Auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e integra a programação oficial do evento do GBIF no Brasil.
Jovens Pesquisadores
Anualmente o prêmio Jovens Pesquisadores oferece dois auxílios de 4 mil euros, para um projeto de mestrado e outro de doutorado. Os projetos são avaliados respeitando os seguintes critérios: originalidade e inovação; uso e relevância estratégica para o GBIF; e mensurabilidade e impacto no avanço da informática para a biodiversidade e/ou a conservação da diversidade biológica.
O vencedor brasileiro compartilha o prêmio com o mexicano Juan M. Escamilla Molgora, doutorando da Universidade de Lancaster, no Reino Unido. A Comissão de Ciência do GBIF elogiou os dois premiados pela inovação e originalidade da pesquisa e o uso criativo de dados disponibilizados pela plataforma global de biodiversidade.
 Com  MCTI

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