Um levantamento feito pelo
Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), da Secretaria de Estado de Saúde
(SES-RJ), mostra que o número de óbitos causados pela influenza em idosos é
oito vezes maior neste ano em comparação com o ano passado. No primeiro
trimestre de 2024, foram 17 mortes de pessoas com 60 anos ou mais; no mesmo
período do ano passado foram duas. Os dados foram extraídos do Sistema de
Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), que considera
os registros de toda a rede de saúde do Rio de Janeiro, pública e privada.
Ainda de acordo com o levantamento, os óbitos por síndrome respiratória aguda
grave também cresceram neste ano nas demais faixas etárias. Foram sete mortes
por gripe em toda população nos três primeiros meses de 2023, e 27 em 2024.
Para a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, os indicadores reforçam a
necessidade da vacinação, especialmente nos idosos e crianças.
“A vacina é a melhor medida para prevenção da influenza, especialmente em
pessoas mais vulneráveis a complicações decorrentes das síndromes
respiratórias, que são os idosos, crianças, gestantes, puérperas e pessoas com
comorbidades. Os imunizantes estão sendo distribuídos aos municípios e a nossa
recomendação é para que essa população mais vulnerável não deixe de se
vacinar”, destaca a secretária, lembrando ainda que no sábado (13/04) ocorrerá
o Dia D de Mobilização contra a gripe e que a campanha seguirá até o dia 31 de
maio, em todo o estado.
As análises do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ)
indicam que o vírus Influenza A apresentou um predomínio de 13% nas amostras
analisadas nas últimas duas semanas de março, seguido pelo SARS-CoV-2 com 6%, o
Rinovírus com 6% e o VSR com 5%. Na faixa etária de 0-4 anos, o VRS foi
predominante com 12%, seguido pelo Influenza A (11%) e Rinovírus (3%). Por
outro lado, em maiores de 80 anos, houve um predomínio do Influenza A (18%)
seguido pelo Sars-Cov-2 (9%).
Atendimentos gerais por gripe também crescem nas UPAs
O estudo feito pelo CIS-RJ também levou em consideração os atendimentos nas
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual de saúde. Nele, foi
possível observar um aumento de 36% nos atendimentos por síndrome gripal entre
fevereiro (14.659 registros) e março (20.019).
Recentemente, no Brasil tem se observado que as mudanças climáticas estão interferindo na sazonalidade da doença, com a notificação de casos ao longo de todo o ano, porém com predominância nos meses frios de maio a julho. Para a secretária Claudia Mello, diversos fatores têm contribuído para essa mudança, entre eles as alterações bruscas e recorrentes de temperatura, associadas à diminuição da umidade do ar.
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