terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mulher é detida ao tentar impedir corte de árvores centenárias

Um grupo de manifestantes se reuniu nesta terça-feira (3) em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, para tentar impedir o corte de eucaliptos na Praça Getúlio Vargas. Alguns deles chegaram a se amarrar em uma das árvores para coibir a ação. A Polícia Militar foi chamada e tentou negociar com o grupo que insistiu em permanecer no local. Uma mulher que ficou em frente a uma das máquinas acabou detida.
Diante da manifestação, que durou cerca de duas horas e meia, a Defesa Civil decidiu suspender temporariamente os cortes das árvores condenadas, realizando somente o trabalho de poda. O secretário da Defesa Civil, João Paulo Mori, esclareceu que os manifestantes são minoria.
"A maior parte da população entende que esse trabalho é necessário", frisou. O município está seguindo um estudo da Universidade Estácio de Sá que prevê o corte de 40 eucaliptos e a poda de outros 44.
Além dos manifestantes que caracterizam a ação como “assassina,” um outro grupo, a favor do corte e das podas, pedia a conclusão dos trabalhos na manhã desta terça.

A Praça Getúlio Vargas é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O órgão informou recentemente que a responsabilidade de manutenção do espaço é do município e divulgou um estudo que determinava o corte de 102 eucaliptos, mas a prefeitura optou por cortar e podar menos árvores.
Sobre a praça
A Praça Getúlio Vargas foi construída em 1880 pelo engenheiro e paisagista francês Auguste François Marrie Glaziou, também responsável pelo projeto paisagístico do Nova Friburgo Country Clube, e tombada pelo Iphan na década de 1980. Segundo o órgão, a espécie de eucalipto existente no local tem como característica a desrama natural. Ou seja, os galhos se desprendem naturalmente, sem que haja qualquer tipo de fator que provoque a queda.
Devido à idade dos eucaliptos, a queda de galhos ou de toda a árvore, como já aconteceu em julho de 2012, é um acontecimento normal e as podas erradas ao longo dos anos contribuem para  esses incidentes.





G1

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