quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rio Rural promove ação educativa sobre nascentes em Campos

Atividade recebeu agricultores e estudantes de cursos técnicos de agropecuária e florestas


Para marcar a entrada da primavera, estação do ano propícia aos plantios, agricultores da localidade Rio Preto, em Campos dos Goytacazes, receberam alunos dos cursos técnicos de agropecuária e florestas, da Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo e da Escola Municipal Morangaba, na microbacia de mesmo nome.

Na última segunda (23/09), eles foram ver de perto como é feita uma proteção de nascente na propriedade de Genilson de Souza Pinto, que participa da campanha Água Limpa para o Rio Olímpico, da Secretaria de Agricultura, que tem por objetivo proteger 2016 nascentes até os jogos olímpicos na capital fluminense.

Para o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo a conscientização, através da educação dos jovens, é também uma importante aliada para acelerar o ritmo de adesão às práticas ambientais preconizadas pelo Rio Rural.

- A divulgação desses projetos fará com que os resultados se multipliquem. Nossa meta da campanha Água Limpa para o Rio Olímpico é simbólica, porém o potencial de preservação de nascentes em todo o estado é imenso – disse o secretário.

Além de conhecerem uma nascente cercada há quase dois anos, os estudantes tiveram acesso a informações sobre o procedimento de proteção em si e visitaram uma nascente que será protegida nos próximos meses com incentivo do programa Rio Rural. Para a proteção da segunda nascente de sua propriedade, o produtor deverá ter o recurso liberado ainda neste semestre.

- A primeira nascente sustenta a minha família, o gado e as galinhas. Depois dela, pude morar no meu lote. A segunda vai possibilitar a irrigação da lavoura. Tudo isso vai aumentar disponibilidade de água, o número de pássaros e de árvores no sítio - afirmou Genílson para uma plateia de alunos e professores.

- Quero que vocês entendam que, na verdade, o que fazemos aqui é uma corrente do bem pelo meio ambiente e por todos nós. Quando contamos aos outros agricultores o que fazemos, quando atuamos através do Cogem (Comitê Gestor da Microbacia), estamos fazendo a corrente aumentar. Temos muito orgulho de convencer as pessoas a liberar áreas para preservação. Neste ano, conseguimos a adesão de um grande fazendeiro vizinho. Isso, pra nós, foi um grande prêmio. Ele vai recuperar uma área e, assim, contribuir com todos - disse o agricultor.

Assim como Genilson e outros 10 agricultores familiares beneficiários do Rio Rural, Ezequiel Silvério da Silva é um bolsista de extensão da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro). Ele recebe R$ 200 mensais para disseminar o conhecimento que adquiriu com a comunidade.

- Aqui é muito rico em água. Numa época, a água tinha ido embora e ninguém acreditava mais que fosse voltar. A gente sabe que se todos fizerem sua parte o planeta vai melhorar - explicou Ezequiel.

Aluno da primeira etapa do curso de técnico florestal, Renato Fonseca disse que ficou impressionado com a recuperação de uma área degradada no sítio de Genílson.

- É possível ver que esta área é muito sofrida. O solo está muito desgastado. O que vem sendo feito comprova que é possível recuperar e que a natureza responde rápido - explicou o estudante.

Já a professora Marize Matos, coordenadora do curso técnico em Agropecuária, afirma que, apesar da degradação do solo ter chamado muita atenção, o destaque para ela é outro.

- Como esses agricultores são conscientes! O trabalho deles é de formiguinha, mas estão conseguindo ótimos resultados - finalizou a professora.

Ascom da Secretaria de Agricultura

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