Células-tronco extraídas dos dentes do siso estão sendo aclamadas como "ouro médico" devido ao seu notável potencial para tratar uma ampla gama de doenças. De acordo com o Earth dot com, cada dente do siso contém um núcleo macio chamado polpa dentária, que abriga células-tronco capazes de se transformar em vários tipos de tecido, incluindo neurônios, ossos, cartilagem e até mesmo músculos cardíacos. Essas células-tronco da polpa dentária (DPSCs) são semelhantes às células-tronco mesenquimatosas encontradas na medula óssea, mas são mais fáceis de coletar e geram menos preocupações éticas, já que o tecido, de outra forma, seria descartado.
Pesquisas lideradas pelo Dr. Gaskon Ibarretxe, da Universidade do País Basco, mostraram que essas células podem ser induzidas a se transformar em células semelhantes a neurônios, que podem ser usadas no tratamento de condições neurológicas como Parkinson e Alzheimer. Em modelos de roedores, as DPSCs já ajudaram a restaurar a função motora e reduzir o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro.
Além do sistema nervoso, as DPSCs têm mostrado potencial para regenerar ossos e cartilagem, tornando-se valiosas para reconstrução ortopédica e dentária. Cardiologistas também as testaram em camundongos com insuficiência cardíaca, onde melhoraram a função cardíaca. Como essas células podem ser armazenadas a partir dos próprios dentes extraídos de uma pessoa, elas também eliminam o risco de rejeição imunológica e reduzem o tempo necessário para encontrar um doador compatível.
Embora mais ensaios clínicos sejam necessários para confirmar a segurança e eficácia a longo prazo, a ciência está avançando rapidamente. O que antes era considerado resíduo médico agora está sendo reconhecido como uma ferramenta poderosa para a medicina regenerativa, com o potencial de revolucionar o tratamento de tudo, desde lesões na medula espinhal até doenças cardíacas.
SciELO
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