Uma movimentação silenciosa, mas preocupante, está em curso no cenário internacional. De acordo com informações divulgadas pelo canal saudita Al Hadath, cerca de 400 comandantes do grupo extremista Hezbollah estão sendo deslocados do Líbano para países da América do Sul, incluindo Brasil, Venezuela, Colômbia e Equador. A operação estaria sendo conduzida diretamente pela liderança do grupo, que teme ataques após a intensificação do processo de desmilitarização no país de origem.
Segundo uma fonte ligada à embaixada da Argentina no Líbano, os comandantes estariam deixando o território libanês acompanhados de suas famílias. A retirada em massa teria como objetivo proteger os altos escalões do Hezbollah em meio ao colapso da infraestrutura militar do grupo após o cessar-fogo com Israel, estabelecido em novembro de 2024.
A movimentação acontece em paralelo à iniciativa do presidente libanês Joseph Aoun, que anunciou para este ano a centralização de todo o armamento sob o controle do Estado. O governo do Líbano tenta avançar com o desarmamento do Hezbollah via diálogo, buscando evitar um novo conflito interno de grandes proporções.
Conexões perigosas
Estima-se que metade desses líderes já esteja em solo sul-americano. Informações da diplomacia regional apontam que o grupo extremista mantém vínculos ativos com facções criminosas locais, especialmente envolvidas com o narcotráfico. O receio é que a presença desses operadores experientes possa fortalecer redes ilegais já existentes, ampliando a capacidade operacional de organizações criminosas transnacionais.
A movimentação não passou despercebida por autoridades de inteligência. Em alguns países, como Brasil e Colômbia, já há alertas internos para monitoramento da presença de estrangeiros ligados a grupos extremistas, especialmente em áreas fronteiriças ou de difícil acesso.
Apesar da ausência de pronunciamentos oficiais dos governos sul-americanos, analistas em segurança internacional consideram a presença desses líderes um fator de risco que pode impactar diretamente a estabilidade da região e o combate ao crime organizado.
Bombeiros DF
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