A reunião deste mês do Conselho Empresarial da Firjan Norte Fluminense aconteceu num ambiente especial: a Reserva Caruara, do Porto do Açu, maior unidade de conservação privada dedicada à preservação de restinga do Brasil. A comitiva de empresários pôde conhecer de perto os projetos ambientais, sociais e econômicos do empreendimento, além das ações voltadas para estimular indústrias dedicadas a energia renovável.
“É fundamental que todos conheçam e valorizem este patrimônio ambiental da região, e a realização da reunião no local foi um passo importante para conhecermos os detalhes do projeto. O Porto é não ‘apenas’ um irradiador de desenvolvimento econômico, mas também social e ambiental, que está transformando o Norte Fluminense em diversos aspectos”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Potencial de geração de energia renovável
Criada em 2012 de forma voluntária pela Porto do Açu Operações, a área conta com mais de 4 mil hectares – o equivalente a mais de 5 mil campos de futebol –, e tem uma capacidade produtiva de 500 mil mudas por ano. Os empresários também conheceram detalhes de diversos projetos de energia renovável, como solar, eólica offshore e hidrogênio. Segundo Wanderson Primo, conselheiro da Firjan Norte Fluminense e gerente de Relacionamento com Comunidades do Porto, a região tem potencial para se tornar um dos maiores polo de energia solar e eólica offshore do país, e o porto do Açu possui a estrutura portuária para apoiar esses projetos.
Não à toa, um dos significados da palavra indígena Caruara é “ventos e trovoadas de janeiro”. A reunião aconteceu na nova sede da Reserva, inaugurada neste ano com o objetivo de potencializar o Turismo Sustentável, os Serviços Ambientais e a Educação e Pesquisa Científica. Entre as iniciativas previstas e já em andamento estão o estímulo a trilhas ecológicas, práticas de kitesurf e canoagem, capacitação de artesãs, conscientização de pescadores, além do trabalho nacionalmente reconhecido de preservação, recuperação e soltura de tartarugas marinhas – cuja programação começa em dezembro. A Reserva é aberta gratuitamente à população.
“Hoje recuperamos e atuamos nas mais diversas frentes em busca da preservação e conscientização, sempre com a atuação dos próprios moradores”, afirmou Daniel Nascimento, coordenador da Reserva Caruara.
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