Uma escola no Noroeste Fluminense inovou
na hora de levar a Copa do Mundo 2022 para seus alunos e também de incentivar o
desemprenho escolar dos jovens. O Colégio Estadual Cívico-Militar Subtenente
Cláudio Hentzy Ferreira, que fica Santo Antônio de Pádua, criou um álbum de
figurinhas personalizado para a instituição. Seus próprios alunos, que são
atletas de diversas modalidades esportivas, são os craques estampados.
A ideia surgiu do professor de Educação
Física Zecrildo Ibrahim, de 41 anos, que é colecionador de figurinhas desde
1994 e, ao conversar com os estudantes, percebeu que o valor para adquirir um
álbum não estava dentro da realidade financeira de muitas crianças do colégio.
— Quando vi o valor do atual álbum,
achei que seria bacana fazer um da nossa escola, já que muitos estudantes
gostariam de ter e não iriam conseguir colecionar. Eles estão participando dos
jogos esportivos da cidade. Então pensei: por que não criar um álbum deles? —
explicou o docente.
O álbum começa com um breve histórico da
escola e depois se divide em queimada masculino e feminino; vôlei masculino e
feminino; e futsal masculino. Além disso, os alunos são os protagonistas de
todo o processo criativo. As ilustrações e o design autêntico para cada
figurinha de seus colegas foram feitos por estudantes da unidade.
A ação tem gerado engajamento dos alunos
e de todo o núcleo pedagógico. Os pacotes de figurinhas são distribuídos
mediante o desempenho escolar dos jovens. Em cada aula, os professores levam
uma quantidade e os estudantes recebem após o cumprimento das tarefas
propostas. O diretor do colégio, Carlos Eduardo Sanches, de 38 anos, comemora o
engajamento dos professores e dos jovens.
— Todo o núcleo pedagógico está bastante
envolvido em contribuir com a brincadeira e aprendizado dos alunos. Eles passam
atividades em sala e trabalhos de casa valendo pacotes de figurinhas, e à
medida que eles se entregam e dão o melhor de si para realizar essas propostas,
recebem as figurinhas — diz Sanches.
O comércio local também entrou na diversão
e vai ajudar o colégio a premiar quem completar o álbum primeiro.
![]() |
Arquivo Pessoal/ Zecrildo |
O professor Ibrahim destaca o tamanho da
aceitação dos alunos, professores e responsáveis:
— É muito gratificante ver a troca que
essa ação está gerando no colégio, os alunos estão super interessados, a
socialização deles com os professores está sendo ótima. Os próprios
professores, inclusive, também estão colecionando. Na hora do recreio, as
trocas de figurinhas viraram uma febre. Os pais adoraram, e há outras escolas
que estão ligando e perguntando se podem reproduzir a ideia — conta Ibrahim.
As famílias também colaboraram com a
confecção do álbum. Liliane Pimentel, de 44 anos, é mãe da estudante Giovana
Pimentel, de 13, do 8º ano, e se juntou à filha na elaboração das figurinhas,
se animando com a empolgação dos alunos.
— A Giovana chegou em casa toda animada
com a novidade, ela desenhou os colegas e nós duas ficamos ansiosas para ver a
caricatura dela que outro colega iria fazer. Eu ajudei a cortar as figurinhas
para entregar na escola — conta Liliane.
— Está sendo uma experiência incrível!
Durante as aulas, tenho visto muita melhora e evolução. Sempre prestamos muita
atenção às aulas, damos nosso máximo em tudo para podermos conseguir as
figurinhas. Foi um trabalho muito bem elaborado e muito bem pensando pelo nosso
professor, porque nos ajudou a socializar mais, não ficamos só com o celular
durante os intervalos — diz Giovana.
Extra
COMPARTILHE
Curta Nossa Página no Facebook