![]() |
Foto:
CNA / Wanderson Araujo / Trilux |
Apesar da expectativa
positiva, a produtividade do principal grão cultivado no país, a soja, foi prejudicada
por condições climáticas desfavoráveis registradas em importantes regiões de
plantio, como os estados do Paraná, Santa Catarina e em parte do Mato
Grosso do Sul. Além disso, no Rio Grande do Sul, a estiagem derrubou à
metade a produção da leguminosa.
Diante dos prejuízos
registrados nessas e em outras unidades, os técnicos da Conab calculam que os
sojicultores colherão cerca de 125,6 milhões de toneladas do grão – uma redução
de cerca de 10% em relação à safra 2020/2021. Com isso, o estoque de
passagem da safra 2020/21 passou para 8,85 milhões de toneladas e
a projeção de exportação para 77,19 milhões de toneladas, das
quais 66,6 milhões de toneladas já foram exportadas entre janeiro e
agosto deste ano.
As estimativas constam
do 12º Levantamento da Safra de Grãos, que
a Conab divulgou hoje (8). Os responsáveis pelo estudo
calculam que a produção total de milho cresça 30% em relação ao resultado
anterior, atingindo cerca de 113,2 milhões de toneladas. Graças,
principalmente, à retomada da produtividade na segunda safra, que
deve responder por algo em torno de 86,1 milhões de toneladas do
total previsto.
Alta também para o
estoque de passagem para o trigo em 2023, influenciado pela maior produção
esperada para o cereal. A previsão é que o estoque finalize em 1,6
milhão de toneladas para a safra com ano comercial de agosto de 2022
a julho de 2023. No caso do milho, a queda na produtividade de importantes
regiões produtoras na segunda safra, reduziu o volume esperado para o
consumo e exportação do cereal, agora estimados em 76,5 milhões de toneladas e
37 milhões de toneladas respectivamente. Mesmo com essas quedas, a projeção
para o estoque final também foi ligeiramente diminuída, saindo de 9,7 milhões
de toneladas para 9,4 milhões de toneladas.
Se por um lado a
falta de chuva afetou parcialmente a eficiência das lavouras de algodão, agora
favorece a colheita, prevista para ser encerrada em setembro, com a
possível marca de 2,55 milhões de toneladas. Além disso, as condições
climáticas também conferiram uma “muito boa” qualidade à pluma do algodão
colhido. Em função do resultado, a Conab ajustou o volume do produto a ser
exportado, estimando que as vendas externas não devem ultrapassar 1,9 milhão de
toneladas.
No levantamento, também
são destacados, positivamente, o plantio de sorgo, e,
negativamente, o de feijão. O primeiro, impulsionado pelos preços do
milho, registra uma produção recorde de 2,85 milhões de
toneladas, um crescimento de 36,9% em relação à safra passada. Já
os produtores de feijão enfrentaram problemas climáticos em todas
as três safras da leguminosa, cuja produção só deve atingir 3
milhões de toneladas, o que é suficiente para suprir apenas a demanda interna
nacional.
Já no caso do arroz, os
técnicos da Conab estimam que serão colhidos cerca de 10,8 milhões de
toneladas, o que representa uma diminuição em relação a 2020/21 e também
suficiente para abastecer o mercado interno. Segundo o estudo, isso se deve à
menor destinação de área para o plantio, bem como pela redução na produtividade
média nacional.
Ao mesmo tempo, os
técnicos preveem um consumo menor do arroz quando comparado com o levantamento
divulgado em agosto. Com isso, estimam que os estoques de passagem estarão em
níveis “mais confortáveis”, com previsão de que fechem o ano em 2,36 milhões de
toneladas. Além disso, reviram as previsões quanto aos volumes do produto a ser
exportado e importado.
A nova previsão é que o
Brasil exporte 1,4 milhão de toneladas e importe 1 milhão de toneladas de arroz
em 2022, sendo a motivação dos ajustes o acompanhamento da evolução das
exportações até o momento.
C/ Ascom da
Conab
COMPARTILHE
Curta Nossa Página no Facebook