quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Prefeitura emprestará cerca de R$ 100 milhões para reabertura de hospitais

Verba será destinada para o Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande



O prefeito Eduardo Paes e secretário municipal de Governo, Pedro Paulo Carvalho, afirmaram nesta quarta-feira, durante a inauguração do Parque Radical no Complexo Esportivo de Deodoro, que o município emprestará até R$ 100 milhões ao Governo do Estado para a reabertura dos hospitais Rocha Faria, em Campo Grande, e Albert Schweitzer, em Realengo. A saúde do Estado passa por uma grave crise financeira, que culminou na terça-feira com o fechamento da emergência do Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

"Em conversa com os técnicos da saúde esse valor seria o suficiente para colocar as duas unidades em atendimento. A ideia é que isso ocorra em imediato para que entre hoje e amanhã o atendimento possa ser restabelecido", diz Pedro Paulo.

A escolha pelo Rocha Faria e Albert Schweitzer é porque além deles, a Zona Oeste é atendida somente pelo Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Nesta quarta, às 14h, será realizada uma reunião no Palácio Guanabara, coordenada pelo Pedro Paulo Carvalho, junto com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o governador Luiz Fernando Pezão e o novo secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, para definir de onde sairá o dinheiro.

A presidenta da República Dilma Rousseff, que era aguardada no evento, cancelou sua participação. Ela participava de uma conferência com Pezão e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para tentar encontrar uma solução para a crise.

Na madrugada desta quarta, a Justiça determinou que o Governo do Estado deposite em até 24 horas os valores correspondentes a 12% de sua receita do ano no Fundo Estadual de Saúde (FES). Caso a decisão não seja cumprida, o Estado pagará multa diária de R$ 50 mil. O governador e o secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto, também terão que pagar multa diária de R$ 10 mil.

Criado na última segunda-feira, o gabinete de crise, formado pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado, tem como objetivo cobrar das autoridades soluções para os problemas enfrentados pelas unidades de saúde no Estado. Também será exigida a reorganização do sistema de saúde e o cumprimento do contrato com as organizações sociais (OSs).

Na tarde desta quarta, haverá uma reunião com os secretários de Saúde do Estado e do Município, para que seja definido um plano de contingência com ações de curto e médio prazo que restabeleçam o atendimento em hospitais, institutos especializados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Por falta de repasses do Governo do Estado, as instituições responsáveis pela gestão das unidades de saúde têm atrasado o pagamento dos profissionais e deixado de fornecer insumos.




LEANDRO RESENDE

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