terça-feira, 14 de novembro de 2023

SES do Rio lança cartilha sobre violência nas escolas

 



A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) lançou, nesta segunda-feira (13/11), a cartilha "Paz nas Escolas", um guia de enfrentamento à violência por meio de estratégias de promoção à saúde. O evento, realizado no auditório da SES-RJ, no Rio Comprido, Zona Norte da capital fluminense, contou com a presença de representantes da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) e da Secretaria de Estado da Mulher (SEM).

De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, o guia busca oferecer informação, reflexão, estratégias de ação e ferramentas de apoio a trabalhadoras e trabalhadores da Educação, da Saúde e demais órgãos da rede intersetorial de proteção a crianças, adolescentes e jovens. "Nosso principal objetivo é a conquista efetiva de direitos, na promoção de saúde e no desenvolvimento de cidadãos conscientes e solidários. A saúde, especialmente a saúde mental, desempenha papel significativo na compreensão da violência escolar. Comportamentos agressivos e violentos precisam ser observados com atenção para que respostas rápidas sejam tomadas", afirmou a secretária.

Com 88 páginas divididas em sete capítulos, a cartilha traz, logo na primeira parte, o papel da saúde e suas competências na prevenção de violência e promoção de saúde no contexto escolar, dando respostas rápidas às situações de emergência e como acionar a rede intersetorial. "Abordar a temática dos direitos humanos e dar apoio, tanto à escola, como à comunidade em seu entorno, é fundamental", destacou a secretária.



Bárbara Salvaterra, especialista em Gestão da Saúde da SES-RJ, afirma que os pedidos de apoio a estudantes com pensamento suicida ou atos de automutilação coletiva se tornaram cada vez mais frequentes. Esse indicador, segundo ela, foi determinante para a construção do material. “Gestores da educação contactavam a nossa Coordenação Estadual do Programa Saúde na Escola e pediam auxílio. Imediatamente acionávamos nossa Coordenação de Saúde Mental Infantojuvenil para oferecer suporte e acesso aos serviços de saúde necessários. Notamos que precisávamos de um material didático para que as ações fossem mais bem-sucedidas na prevenção de pensamentos suicidas”, contou.

Rejane Farias, coordenadora do Núcleo Estadual de Prevenção e Atenção às Violências da SES-RJ, relembra que o massacre na escola de Suzano, em São Paulo, exigiu respostas de curto prazo. “Aquele episódio é um marco, mesmo ocorrendo em outro estado. Foi necessária ação rápida e intersetorial, entre a Saúde, Educação, Segurança Pública, Ministério Público, Defensoria Pública e Assistência Social. Vivenciamos o quanto era importante e potente o acionamento de uma rede, e decidimos que deveríamos explicar e comunicar as diversas formas de acioná-la”, relembrou.

Fotos: Mauricio Bazilio

COMPARTILHE

Curta Nossa Página no Facebook

Compartilhe

CURTA A NOSSA PÁGINA