quinta-feira, 25 de julho de 2013

TÉCNICAS DE COLHEITA GARANTEM QUALIDADE DA BANANA NO NOROESTE

Manejo adequado desde o plantio ao pós-colheita aumenta vendas da fruta

O cultivo da banana desponta como importante atividade econômica no Noroeste Fluminense, sobretudo no município de Porciúncula, onde a Cooprofruta (Cooperativa dos Produtores de Frutas da Mesorregião do Itabapoana) está sediada. Instituída há três anos, a cooperativa tem 31 produtores de banana associados e vende cerca de cinco toneladas da fruta por semana para uma rede de supermercados de Campos dos Goytacazes. 

O investimento na qualidade dos frutos, através da adoção de boas práticas de cultivo e de colheita, foi a porta de acesso ao mercado. Sérgio Rampazzio, produtor de banana e diretor comercial da cooperativa, disse que, no começo, os frutos foram recusados, porque não tinham a boa aparência exigida pelo atacadista.

– Detectamos que o maior problema era a ausência de manejo adequado na colheita e pós-colheita. Passamos a orientar os produtores, acompanhando o processo – disse o produtor.

A cooperativa precisou aprimorar apenas as técnicas de colheita porque, durante o plantio, os produtores contam com assistência técnica do programa Frutificar, da Secretaria de Agricultura.

– A análise do solo, a utilização de mudas de meristema (livres de fungos e bactérias), o controle fitossanitário, o cultivo irrigado e o manejo sustentável criam um perfil favorável à cultura da banana – explicou Ronaldo Bahiense, gerente regional do Frutificar no Noroeste.

O programa financia até R$ 50 mil, sem fiador, com juros de 2% ao ano. Atualmente, são 80 hectares de plantio de banana assistidos no Noroeste e, segundo Bahiense, a região tem potencial para ampliar em 500% a área cultivada.

Um importante passo para a qualidade final dos frutos foi dado em dia de campo, promovido pela Cooprofruta em abril último, no sítio São Sebastião, em Porciúncula. Na ocasião, mais de 50 agricultores aprenderam técnica corretas na pós-colheita, manuseio, embalagem, armazenamento e transporte da banana. O grupo aprendeu a calcular o momento certo da colheita, a forma correta de cortar o pseudocaule, a não deixar que as pencas toquem o chão, a lavar os frutos com soluções fungicidas e a proteger a banana durante o transporte, para não machucá-la.

– O resultado foi muito positivo. Os produtores estão mais atentos e dedicados, comprando o material necessário e cumprindo as recomendações técnicas – afirmou o agricultor Sérgio Rampazzio.

Com a produtividade aumentando, a Cooprofruta já está fazendo contato com outras redes atacadistas para ampliar as vendas.

Parcerias promoveram o crescimento
A Cooprofruta cresceu com apoio dos governos federal, estadual e municipal, Sebrae, Firjan, Senar e Faerj, além do profissionalismo dos agricultores associados. Na cooperativa é feito o trabalho de padronização, classificação, climatização e comercialização das bananas. Para isso, a organização é equipada com packinghouse e câmara fria, caminhões isotérmico e frigorífico, entre outros equipamentos.

Com o objetivo de apoiar a fruticultura e outras cadeias produtivas, o Rio Rural, da Secretaria de Agricultura, promove boas práticas, como o cooperativismo, e incentiva a construção de estrutura para seleção, processamento e embalagem de produtos agrícolas.

– O programa passou a incentivar práticas individuais, no limite de R$ 4.400, e coletivas, com até R$ 24.000, para ajudar a superar gargalos da cadeia de fruticultura, como a adequação de procedimentos de colheita e pós-colheita – disse Marcos André Jogaib, da equipe técnica do Rio Rural

 » Ascom da Secretaria de Agricultura

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