Plano de Logística Sustentável (PLS) será
aplicado a partir de janeiro
Onze campus distribuídos em nove municípios do
Estado do Rio, separados por quilômetros e que abrigam, juntos, mais de 75 mil
pessoas, entre estudantes, funcionários e professores. Manter em funcionamento
uma estrutura como a da UFF é um desafio, e a partir do ano que vem, a
universidade começará um movimento para fazer as engrenagens deste gigante
girarem de forma mais sustentável. Já a partir de janeiro, será aplicado o
chamado Plano de Logística Sustentável (PLS). São diretrizes listadas num
documento elaborado ao longo deste ano e que preveem mudanças nos processos
estabelecidos pela instituição. Embora não fale em valores, o vice-reitor
Antônio Cláudio Nóbrega afirma que as medidas resultarão em economia para a
universidade num momento de restrição orçamentária, sobretudo para
investimentos.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2018, em fase de redação final no Congresso, prevê R$ 1,9 bilhão para a UFF, R$ 60 milhões a mais do que estava previsto para este ano. Mas o montante para investimentos caiu de R$ 32,2 milhões para R$ 25,2 milhões no período.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2018, em fase de redação final no Congresso, prevê R$ 1,9 bilhão para a UFF, R$ 60 milhões a mais do que estava previsto para este ano. Mas o montante para investimentos caiu de R$ 32,2 milhões para R$ 25,2 milhões no período.
Segundo Nóbrega, o PLS faz parte de um
programa maior de melhoria da gestão da universidade. Uma das iniciativas já em
curso é a montagem de um sistema totalmente digitalizado para os processos
internos da UFF. Isso vai acabar, por exemplo, com o uso de veículos oficiais
da universidade para levar e trazer documentos de campus de outros municípios
para Niterói.
— Acabou o papel. Vai ser tudo digital.
Isso aumentará a transparência e a eficiência (da gestão). É uma medida que
também tem óbvia consequência socioambiental — afirma o vice-reitor. — O que o
plano visa é a transformação de ações como esta em institucionais; e não apenas
pontuais.
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O Plano de Logística Sustentável cria
uma espécie de comitê gestor de sustentabilidade na universidade. Este grupo,
que ainda será formado, terá poder de executar as ações previstas no documento.
A presidente da comissão responsável pela elaboração do documento, Deise Faria
Nunes, aponta que o comitê terá poder até na elaboração de licitações.
— Temos uma comissão de licitação, e o
nosso papel vai ser informar que as licitações precisam ser feitas levando em
conta as questões de sustentabilidade. Ao longo de 2018 será feito um
levantamento, e no fim do ano divulgaremos um relatório que mostrará quantos
contratos respeitaram o estabelecido.
Deise explica que, com isso, os
certames terão que levar em conta mais do que só o preço do serviço. Na
prática, isso deve estimular a compra de produtos mais sustentáveis, como
lâmpadas de LED (mais econômicas a longo prazo, porém mais caras do que as
incandescentes) e torneiras com temporizadores, que economizam água.
O documento começou a ser redigido em
setembro do ano passado. Ao longo de 2017, a equipe responsável pelo PLS da UFF
visitou todos os campus da universidade para colher sugestões e críticas ao
plano. Segundo Deise, uma das descobertas nessas visitas foi que há uma série
de iniciativas de sustentabilidade em quase todos os campus. Estas ações,
porém, ocorriam de forma independente, e agora poderão ter respaldo
institucional.
— Estudantes e professores poderão nos
indicar que suas iniciativas têm possibilidade de serem realizadas dentro da
universidade.
OGlobo
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