quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Outubro Rosa: secretário de Saúde anuncia mutirão para diagnóstico e retomada do mamógrafo móvel

Dia D pelo Outubro Rosa foi realizado hoje no Rio Imagem. Evento teve exposição fotográfica com mulheres que venceram o câncer e apoio de tatuador que ofereceu tatuagens gratuitas com o laço rosa




O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr. anunciou na manhã desta terça-feira, dia 17/10, durante o Dia D pelo Outubro Rosa, no Rio Imagem, um mutirão da SES para zerar a fila de diagnóstico para o câncer de mama. Luiz Antônio informou também que a partir de novembro o mamógrafo móvel - caminhão itinerante para realização de mamografia - retomará os serviços, percorrerá as cidades oferecendo exames e dando apoio aos municípios. A ação também contou com a presença de Liliane Pinneli diretora do RioSolidário, apoiador do evento.  

- Vamos fazer um mutirão e zerar a fila de pacientes que aguardam exames para diagnóstico desse tipo de câncer dentro do Estado do Rio. Além disso, a partir de novembro, retomaremos o serviço do mamógrafo móvel, especialmente em municípios que não contam com o equipamento. O objetivo é que as mulheres tenham diagnóstico precoce aumentando as chances de cura da doença.  – disse Luiz Antonio.

O evento contou ainda com a exposição do Projeto Peito Aberto, "Resiliência - Elas Passaram Pelo Câncer de Mama", com fotos de modelos do grupo “Poderosas Amigas da Mama”, formado por mulheres que venceram o câncer. Uma delas, Magali Reis, a Meg, de 49 anos, moradora de São João de Meriti, participou da ação no Rio Imagem e deixou um recado para quem está enfrentando a doença.

- Eu venci o câncer e estou viva, toda mulher é guerreira e pode superar isso também. Eu sempre fui muito vaidosa e com a doença tive que retirar um pedaço do meu seio. Quando me convidaram para fazer parte do ensaio fotográfico tive um pouco de vergonha, mas logo decidi participar. É preciso ter garra e fé, hoje sei que minha foto também pode ajudar outras mulheres a retomar a autoestima – disse Meg.

O Dia D também teve o apoio do artista Beto Tattoo, que ofereceu tatuagens gratuitas feitas durante o evento, com o laço rosa, a marca da campanha. O artista também cadastrou mulheres que passaram pela mastectomia para oferecer a tatuagem de reconstrução do mamilo gratuitamente em seu atelier. A dona de casa Leda Paixão, de 46 anos, teve câncer de mama aos 37 e foi ao local para entrar na lista de espera pela tatuagem.

- No meu caso, por causa do câncer, foi preciso retirar quase todo o seio esquerdo. Então eu fiquei sabendo desta ação e quis vir aqui hoje para tentar fazer o desenho. Estou muito feliz pois hoje é meu aniversário e  vou ganhar de presente a tatuagem de reconstrução do mamilo já na semana que vem. Isso é muito importante para mim – explicou Leda, que também fez o laço rosa no antebraço durante o evento, como forma de lembrar que já superou a doença. 

No momento em que chegou ao Rio Imagem o secretário de saúde foi homenageado pelas integrantes do grupo Poderosas Amigas da Mama que cantaram para ele e agradeceram todo o apoio à causa. 

- Fico muito agradecido com essa demonstração de carinho, o grupo das Poderosas me ensinou o quanto é importante o apoio na vida da mulher quando ela descobre uma doença tão difícil quanto o câncer de mama. O trabalho de vocês oferece muito mais que uma recuperação pós mastectomia, representa o resgate da vontade de viver e da dignidade. A ideia da exposição fortalece a importância da autoestima para a recuperação dos pacientes. 

O câncer de mama

Esse é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Depois do câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só no ano passado, a previsão era mais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil.

A importância do diagnóstico precoce

O Rio Imagem disponibiliza mensalmente cerca de 6 mil vagas para a realização do exame. A indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos. Mas em casos específicos, como casos da doença na família, a recomendação dos médicos é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos. Além disso, o Ministério também preconiza que o tempo entre a detecção da doença e o início do tratamento seja de até 60 dias.

- Quando detectado em fases inicial, há mais chances de tratamento e cura. O autoexame também é muito importante. A paciente precisa observar qualquer sintoma fora do comum e conversar com o seu médico. A mamografia é o principal método de triagem para detectar precocemente os tumores de mama. Por isso o médico deve fazer o alerta e explicar ao paciente a importância de realizar esse exame.  –  Bruno Kozlowisk, chefe de ginecologia do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif

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