Câncer
infantojuvenil: audiência debate expansão do programa de diagnóstico precoce
Entre a população infantojuvenil, com idade até 19 anos, o
câncer é a maior causa de morte por doença no Brasil. Em 2016, só no estado do
Rio, foram contabilizados 1.333 novos casos em crianças e adolescentes, o que
representa 10% do total nacional. Para aumentar as chances de cura desses
pacientes, instituições de combate à doença nessa elaboraram um projeto de
expansão do programa Diagnóstico Precoce nos municípios fluminenses. As
estratégias foram anunciadas durante uma audiência promovida pela Frente
Parlamentar para o Enfrentamento ao Câncer da Assembleia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (14/9).
O programa, que tem como principal objetivo capacitar
profissionais da atenção básica de saúde para identificar os principais tipos
de câncer infantojuvenil, alcança 202 municípios em 14 estados. Entre 2008 e
2015, mais de 3.500 equipes da Estratégia da Saúde da Família já passaram pela
capacitação em todo o Brasil. No Estado do Rio, 3.020 profissionais já
participaram da iniciativa durante esse período. Entretanto, o número ainda não
é considerado suficiente.
Parcerias
Para expandir a proposta, alcançando um maior número de
agentes de saúde e pacientes, é essencial trabalhar em conjunto com outras
instituições e o poder público. Foi o que defendeu Viviane Junqueira, do
Instituto Ronald McDonald e líder do programa Diagnóstico Precoce, que já conta
com o apoio do Instituto Desiderata. “O câncer infantojuvenil tem altas taxas
de mortalidade. Por isso, precisamos nos unir ao Estado e outras iniciativas
que já atuam nessa causa para ampliar o programa”, explicou a especialista.
De acordo com Viviane, a longo prazo, a capacitação será
transmitida também por plataformas digitas, diminuindo os custos e alcançando
mais profissionais. Além disso, o programa pretende criar uma organização do
fluxo de atendimento para que as crianças e adolescentes sejam encaminhados de
maneira eficiente para os centros de atendimento.
Além da primeira etapa
“O diagnóstico precoce é essencial, mas nós precisamos ir do
início ao fim da linha. Precisamos também de profissionais qualificados e recursos
para atender o paciente. Se não, a luta será em vão”, disse Soraia Rouxinol,
hematologista pediátrica do Hospital da Lagoa.
A deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), presidente da Frente
Parlamentar, também reconhece a importância de atuar nas diferentes etapas do
tratamento. A parlamentar elaborou uma indicação legislativa que propõe a
criação do Pacto de Enfrentamento ao Câncer Infantil no Estado.
“O objetivo é que a Alerj dê sua contribuição na luta contra
a doença, mas queremos incluir também o Secretário de Estado de Saúde,
secretários municipais e os profissionais de saúde que atuam nas diferentes
áreas de atendimento oncológico. Dessa forma, poderemos garantir o acesso ao
tratamento, garantindo um resultado final positivo e a cura das nossas crianças”,
disse a deputada.
Também participaram da reunião os deputados Wanderson
Nogueira (PSol), Gilberto Palmares (PT) e Dr. Deodalto (DEM
COMPARTILHE
Curta Nossa Página no Facebook