sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Câncer infantojuvenil: audiência debate expansão do programa de diagnóstico precoce


Câncer infantojuvenil: audiência debate expansão do programa de diagnóstico precoce



Entre a população infantojuvenil, com idade até 19 anos, o câncer é a maior causa de morte por doença no Brasil. Em 2016, só no estado do Rio, foram contabilizados 1.333 novos casos em crianças e adolescentes, o que representa 10% do total nacional. Para aumentar as chances de cura desses pacientes, instituições de combate à doença nessa elaboraram um projeto de expansão do programa Diagnóstico Precoce nos municípios fluminenses. As estratégias foram anunciadas durante uma audiência promovida pela Frente Parlamentar para o Enfrentamento ao Câncer da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (14/9).

O programa, que tem como principal objetivo capacitar profissionais da atenção básica de saúde para identificar os principais tipos de câncer infantojuvenil, alcança 202 municípios em 14 estados. Entre 2008 e 2015, mais de 3.500 equipes da Estratégia da Saúde da Família já passaram pela capacitação em todo o Brasil. No Estado do Rio, 3.020 profissionais já participaram da iniciativa durante esse período. Entretanto, o número ainda não é considerado suficiente.

Parcerias

Para expandir a proposta, alcançando um maior número de agentes de saúde e pacientes, é essencial trabalhar em conjunto com outras instituições e o poder público. Foi o que defendeu Viviane Junqueira, do Instituto Ronald McDonald e líder do programa Diagnóstico Precoce, que já conta com o apoio do Instituto Desiderata. “O câncer infantojuvenil tem altas taxas de mortalidade. Por isso, precisamos nos unir ao Estado e outras iniciativas que já atuam nessa causa para ampliar o programa”, explicou a especialista. 

De acordo com Viviane, a longo prazo, a capacitação será transmitida também por plataformas digitas, diminuindo os custos e alcançando mais profissionais. Além disso, o programa pretende criar uma organização do fluxo de atendimento para que as crianças e adolescentes sejam encaminhados de maneira eficiente para os centros de atendimento. 

Além da primeira etapa

“O diagnóstico precoce é essencial, mas nós precisamos ir do início ao fim da linha. Precisamos também de profissionais qualificados e recursos para atender o paciente. Se não, a luta será em vão”, disse Soraia Rouxinol, hematologista pediátrica do Hospital da Lagoa.

A deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), presidente da Frente Parlamentar, também reconhece a importância de atuar nas diferentes etapas do tratamento. A parlamentar elaborou uma indicação legislativa que propõe a criação do Pacto de Enfrentamento ao Câncer Infantil no Estado.

“O objetivo é que a Alerj dê sua contribuição na luta contra a doença, mas queremos incluir também o Secretário de Estado de Saúde, secretários municipais e os profissionais de saúde que atuam nas diferentes áreas de atendimento oncológico. Dessa forma, poderemos garantir o acesso ao tratamento, garantindo um resultado final positivo e a cura das nossas crianças”, disse a deputada.

Também participaram da reunião os deputados Wanderson Nogueira (PSol), Gilberto Palmares (PT) e Dr. Deodalto (DEM

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