quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Refugiado sírio agredido no Rio de Janeiro vai receber título de cidadão fluminense



Após ser agredido verbalmente e ameaçado por um homem na última semana, o refugiado sírio Mohamed Ali Abdelmoatty está prestes a se tornar um cidadão fluminense. Nesta quinta-feira, 24, acontece a votação do título de cidadão fluminense na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O projeto de autoria do deputado estadual Wanderson Nogueira (PSOL-RJ) tem o simbolismo do combate à xenofobia. Mohamed confirmou que vai participar da sessão.

Mohamed mora no Brasil há cerca de três anos e vende esfihas em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde foi insultado e teve suas mercadorias jogadas no chão. Mesmo diante da agressão, o sírio disse amar este país e não querer problemas, por isso não prestou queixa na delegacia e se manifestou de forma pacífica pessoalmente e nas redes sociais.

Atualmente, cerca de 9 mil refugiados de 79 diferentes nacionalidades vivem no Brasil, desde que a legislação brasileira reconhece aos refugiados o direito ao trabalho, à educação, à saúde e à mobilidade no território nacional, entre outros direitos, permitindo assim, que reconstruam suas vidas no país.

Diante deste caso de xenofobia, o deputado Wanderson, autor do projeto, viu a necessidade de reconhecer e acolher Mohamed, principalmente por sua atitude: “A postura deste homem refugiado diante da agressão sofrida por ele, demonstrada por suas palavras, revela a busca pela paz e por prosperidade que é sem dúvida um desejo de todos que buscam refúgio no Brasil. Somos absolutamente contra essa violência descabida. O preconceito estampado em alguns não pode se tornar normal. O Brasil deve ser um país acolhedor. Todos são bem vindos e tem o direito de buscar a felicidade.”, disse.

Wanderson também ressalta a importância deste tipo de debate em nosso Estado: “Diante dos atos lamentáveis de preconceito, devemos levantar o debate e contribuir para a discussão acerca de qual Estado queremos; qual modelo de sociedade desejamos implementar no Rio de Janeiro; como queremos tratar as pessoas que buscam refúgio no Brasil?”, concluiu.


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