sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Polícia conclui que embaixador grego foi morto por golpe de objeto cortante


Kyriakos Amiridis foi morto por um golpe de faca ou canivete
 Foto: Reprodução


A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluiu que o embaixador grego Kyriakos Amiridis foi morto com um golpe de objeto cortante, como uma faca ou canivete. A informação foi passada a agentes da especializada por um dos acusados do crime, Eduardo Moreira Tedeschi de Melo. Segundo depoimento de Eduardo prestado na semana passada, o embaixador foi atingido por um “ferimento cortante na região do pescoço”. A mulher de Kyriakos, Françoise de Souza Oliveira, seu amante, o soldado PM Sérgio Gomes Moreira Filho, e Eduardo estão presos há mais de um mês pelo crime.
A perícia feita no local do crime também corrobora a versão de Eduardo. De acordo com o laudo elaborado por peritos da DHBF, a partir do uso do reagente luminol — que acusa a presença de sangue — foram encontrados rastros de sangue no sofá, no chão e no tanque da casa. Cortes na região do pescoço liberam grande quantidade de sangue. Todas as facas encontradas na casa foram apreendidas e encaminhadas para exame pericial.
A conclusão da polícia desmente a versão contada, em depoimento, pelo PM Sérgio, que confessou o homicídio. Ele afirmou que foi tirar satisfações com o diplomata após descobrir supostas agressões à sua amante. Já na casa de Kyriakos, os dois teriam se envolvido numa luta corporal. O policial sustentou que agiu em legítima defesa: disse que o embaixador estava armado e que, para se defender, o asfixiou. Agentes não encontraram a arma no apartamento, e nenhum dos acusados a apresentou na delegacia.



Contradição
A embaixatriz Françoise de Souza Oliveira, presa há mais de um mês acusada de participação na morte do marido, o embaixador grego Kyriakos Amiridis, se contradisse em depoimento a agentes da DHBF. Durante a reprodução simulada, Françoise negou participação no crime e afirmou que em nenhum momento soube que seu marido estava, de fato, morto.
Entretanto, logo após ser detida, dias após o crime, Françoise deu uma versão diferente aos agentes. Segundo seu primeiro relato, quando chega em casa na noite do crime, Françoise encontra uma mancha de sangue no sofá e pergunta a Sérgio o que havia acontecido. Ele, segundo Françoise contou aos agentes em dezembro, teria confessado o homicídio a ela. Depois, a embaixatriz ainda confirmou à polícia que registrou o desaparecimento da vítima mesmo sabendo que Kyriakos estava morto.


Extra

COMPARTILHE

Curta Nossa Página no Facebook

Compartilhe

CURTA A NOSSA PÁGINA