Um dos motivos que o levaram a cogitar a
delação premiada, segundo aliados, é o ambiente hostil no presídio de Bangu 8
Preso desde novembro do ano passado e alvo de mais uma investigação
relacionada à Operação
Lava Jato, o
ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) quer fazer acordo de delação premiada. A
intenção de colaborar e negociar uma pena menor em eventual condenação foi
repassada a aliados próximos.
Cabral foi preso no ano
passado durante a Operação Calicute, suspeito de receber mesadas de até R$ 850
mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. Um dos motivos que
o levaram a cogitar a delação premiada, segundo aliados, é o ambiente hostil no
presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde cumpre prisão preventiva.
Cabral, dizem interlocutores do peemedebista, admite ter
reduzidas chances de se livrar da prisão pelos caminhos tradicionais - via
habeas corpus - por causa da quantidade de provas contra ele reunidas pela
Procuradoria da República e pela Polícia Federal. Ele tem contra si três
mandados de prisão, dois expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, do Rio - nas
operações Calicute e Eficiência -, e um pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela
Lava Jato em Curitiba.
No acordo de delação premiada, Cabral ainda pode tentar negociar
responder as ações penais em liberdade. Benefícios que poderiam também ser
estendidos à sua mulher, Adriana Ancelmo, também presa na Operação Calicute. Em
dezembro, Moro aceitou a denúncia contra o ex-governador, a mulher dele e mais
cinco. Eles se tornaram réus na Lava Jato.
Época
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