De sexta (13) até terça (17), sete vereadores foram cassados na cidade
As vereadoras Linda Mara Silva (PTC) e Cecíclia Ribeiro Gomes (PT do B) foram cassadas pela Justiça Eleitoral em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O juiz Eron Simas, da 76ª zona eleitoral do município, proferiu nesta terça-feira (17) a sentença que anula os votos das parlamentares e as deixam inelegíveis por oito anos. A decisão cabe recurso e as defesas das vereadores já afirmaram que vão recorrer.
De sexta (13) a terça-feira (17), sete vereadores foram cassados em Campos pelo crime de compra de votos na Operação Chequinho. Outros quatro parlamentares já foram julgados e aguardam a setença.
Linda Mara chegou a ser presa em uma das fases da operação “Chequinho”. Ela foi encontrada pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 31 de outubro, cinco dias após o mandado de prisão ser expedido. Então vereadora eleita, ela foi encontrada após denúncia anônima. Devido ao processo, Linda Mara não chegou a ser diplomada e empossada na Câmara de Vereadores. Ao contrário de Cecília Ribeiro Gomes, que foi empossada no dia 1º de janeiro.
Na semana passada, Roberto Pinto (PTC), Jorge Rangel (PTB) e Ozéias (PSDB) também foram condenados no que o juiz classificou como “um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país. Pior: tudo às custas de dinheiro público”. Nesta segunda-feira (16), também foram condenados Jorge Magal (PSD) e Miguelito (PSL).
Já foram julgados e aguardam sentenças Thiago Virgílio (PTC), Vinicius Madureira (PRP), Thiago Ferrugem (PR) e Kellinho (PR).
Nota da Câmara
A Câmara de Vereadores de Campos divulgou nesta terça-feira (17) uma nota oficial sobre as condenações de cinco vereadores eleitos no pleito do ano passado. Segundo a nota, assinada pelo presidente da casa, Marcão (Rede), a Câmara ainda não foi comunicada formalmente das decisões do juiz Eron Simas.
Ainda de acordo com o texto, a Casa de Leis tem compromisso com a legalidade permanecerá atenta aos fatos noticiados pela imprensa. A nota finaliza explicando que assim que for comunicada oficialmente, a Câmara vai cumprir imediatamente o teor das decisões judiciais.
Operação Chequinho
O que evidenciou aquilo que depois foi classificado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como “escandaloso esquema”, foi a prisão do então vereador Ozéias em Travessão, no dia 29 de agosto do ano passado. Ele estava com R$ 27 mil, além de agenda com dados de possíveis eleitores, lista de material de construção e anotações sobre o programa da Prefeitura.
A partir daí, Polícia Federal, MPE e a Justiça Eleitoral iniciaram uma série de operações, inclusive com apreensões de documentos em órgãos da Prefeitura, prisões de vereadores eleitos e de mandato, além de ex-secretários, como o ex-governador Garotinho (PR), acusado de liderar o “esquema”.
Dos 25 parlamentares de Campos, 11 são citados nas investigações da Operação Chequinho da Polícia Federal, sobre o uso do Cheque Cidadão para a compra de votos. Dos 11 vereadores eleitos ou reeleitos citados na investigação, cinco chegaram a ser presos, entre eles, Miguelito (PP), Ozeias (PSDB), Linda Mara (PTC), Kellynho (PR) e Thiago Virgílio (PP). Todos foram soltos e ouvidos em audiências da Justiça.
G1
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