sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Sistema FIRJAN alerta para possível retomada da bandeira tarifária amarela no custo da energia


Primeira edição do boletim de conjuntura do setor elétrico destaca previsão de queda no nível dos reservatórios em agosto e setembro

A previsão de chuvas abaixo da média, a queda no nível dos reservatórios e provável aumento da geração térmica associados ao crescimento do consumo total até o final do ano levam a possibilidade de retomada do acionamento da bandeira tarifária amarela, o que traria impacto no custo de 15 R$/MWh. As informações constam do estudo inédito – o boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro – que será divulgado trimestralmente pelo Sistema FIRJAN.

O estudo, que avalia três indicadores essenciais à indústria – consumo, geração e custo -, mostra que o setor industrial sofreu o impacto mais significativo no consumo, com queda de 5,7% na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e mesmo período do ano passado.

 A região Nordeste foi a mais atingida no primeiro semestre, com retração de 10,7% no consumo de energia pelo setor produtivo, seguida pelas regiões Sudeste (- 6,6%) e Sul (- 4,1%). Já as regiões Norte (+ 1%) e Centro-Oeste (+ 0,6%) apresentaram leve crescimento em 2016. Ainda assim, apesar da queda registrada no primeiro semestre, a tendência é de aumento do consumo total de 0,5% em todo o país este ano em relação a 2015.

Em relação à geração, verificou-se que o nível médio dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) era de 49,1% no final de julho, um aumento de 6,9 pontos percentuais desde o início do ano. Conforme análise por subsistema, há previsão de queda em todas as regiões na comparação com o fechamento do mês de julho em função de o país atravessar o período seco. No primeiro semestre, a geração hidrelétrica representou 77% do total produzido no país, enquanto que a eólica foi de 4,4% e a térmica, 18%.

A redução do patamar de geração termelétrica este ano trouxe menores reajustes das tarifas das distribuidoras no mercado cativo na comparação com o ano anterior. Além disso, permitiu o desligamento da bandeira tarifária vermelha, que impactava o custo em até 45 R$/MWH. Entre dezembro de 2015 e julho de 2016, houve queda 5% em termos reais no custo médio de energia para o setor produtivo. O impacto, porém, foi pouco significativo já que, no acumulado dos últimos três anos, o aumento foi de 57,7%, o que reforça a perda de competitividade enfrentada pela indústria nacional.

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