Apesar de
a cada dois anos termos eleições no país, boa parte da população não acredita no poder do voto. Acha que se votar
não fará a mínima diferença como também não irá proporcionar qualquer
modificação no contexto político.
É através
do voto que temos o importante direito de colocar no poder
quem realmente poderá fazer melhorias para com a nação. É com ele que o cidadão
manifesta sua vontade ou opinião, salienta sua raiva, seus dissabores ou suas
desilusões. Ou até mesmo pode, no futuro, alcançar alegria e objetivos que
melhorem nosso país, nosso estado e município.
Trata-se de uma verdadeira arma que deve ser utilizada pelo cidadão não apenas
para cumprir um dever cívico, mas, sobretudo brandar toda sua indignação com a
situação das coisas.
Contudo,
muitos dos eleitores vendem seu voto. Desde os primeiros anos da República, o
voto de cabresto era um dos principais mecanismos de controle político no
Brasil. Nas últimas décadas, desde que as eleições diretas foram reinstituídas,
em 1989, a prática da compra de votos tornou-se um problema constante em
períodos eleitorais. Promessas de cargos, botijões de gás, cesta básica,
remédios, sacos de cimento, dinheiro vivo, tudo vale como objetivo de troca dos
políticos para conseguir votações mais expressivas.
Infelizmente,
o maior problema do Brasil, pode-se dizer que não é o político, e sim, o
eleitor. É um problema cultural já que, desde o início da história brasileira,
a corrupção acontece deliberadamente e de lá pra cá se modificou, mas nunca
deixou de ser praticada. Como bem sabemos, a legislação eleitoral é rígida. No
entanto, não adianta ela ser consistente se nenhuma das outras duas pontas –
eleitor e político colaboram.
Rodolpho Raphael de Oliveira Santos
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