segunda-feira, 16 de maio de 2016

Morre coronel da Polícia Militar famoso por polêmica declaração

Cel Marcus já comandou o 36º BPM Pádua

A cidade de Niterói e a administração pública municipal perderam na madrugada desta segunda-feira (16) uma de suas figuras mais ilustres: o secretário de Ordem Pública Marcus Jardim Gonçalves. Morreu aos 54 anos de idade, depois de uma longa luta contra um câncer. Deixa mulher e filha.  
Nesta segunda pela manhã, o prefeito Rodrigo Neves anunciou que um dos grandes projetos da sua gestão, a Cidade da Ordem Pública, a ser inaugurada no segundo semestre deste ano, ganhará o nome de Marcus Jardim em homenagem ao seu secretário.

“Infelizmente hoje eu perdi um grande amigo, um grande colaborador, o nosso querido Marcus Jardim. Infelizmente ele nos deixou, vítima desta doença. Sofreu muito nestes últimos cinco meses em que ficou de licença. Mas o Marcus Jardim vai deixar um legado. Ele foi um dos oficiais mais combativos, um exemplo para a polícia militar do Rio de Janeiro. Era respeitado pelos coronéis, pelos soldados, e eu tenho certeza de que ele já está num plano superior. Ele combateu o bom combate”, destacou o prefeito.

Marcus Jardim tinha 34 anos de Polícia Militar  e deixa para Niterói um legado de realizações. Foi pelas suas mãos que a prefeitura municipal ergueu uma das principais obras desta gestão: o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). Além disso, o coronel da PM (estava na reserva) foi o responsável por realizar um ordenamento jamais visto na cidade.
À frente da Secretaria de Ordem Pública, esteve ao lado do prefeito Rodrigo Neves promovendo um redimensionamento e humanização na Guarda Municipal de Niterói. Incentivou a criação do maior concurso municipal já realizado na cidade, dobrando o efetivo da guarda, e trabalhou para dar aumento de remuneração para a corporação logo no primeiro ano de governo.
De acordo com o Coordenador da Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), da Secretaria de Estado do Ambiente, Coronel José Maurício Padrone, Jardim, seu amigo pessoal, era um homem de ação e justiça. 
"O Coronel Marcos Jardim foi da minha época na Academia e era meu vizinho de sitio. Homem de ação, justo, motivador e contagiante. Seus posicionamentos e atitudes sempre foram claros e objetivos, respeitados pelos seus pares e adorado pela tropa. Defensor aguerrido da sociedade, entendia o cenário da violência como poucos. Perdem a PM e a sociedade um ícone cujas palavras e ações não serão esquecidas, contou.
Mudou o perfil da Guarda Municipal, tornando-a uma guarda-cidadã, próxima à população, e elevando a autoestima da corporação.
Para combater a violência, buscou a integração entre todas as forças de segurança, realizando um trabalho voltado para a prevenção.
Era formado em Direito e especialista em Segurança Pública. Nascido em Niterói, flamenguista fanático, fazia questão de dizer que era um puro-sangue azul, referindo-se ao amor, orgulho  e fidelidade à Polícia Militar.
 Marcus Jardim Gonçalves ingressou na Polícia Militar em 1982. O seu espírito de liderança o levaria ao comando de vários batalhões, o 35º (Itaboraí); o 12º (Niterói);  o 7º (São Gonçalo);  o 16º (Olaria); e o de Polícia Rodoviária (Niterói). 
Um dos momentos marcantes de sua carreira foi, à frente do  1º Comando de Policiamento de Área (CPA), na capital fluminense, participar da ocupação do Complexo do Alemão, em 2010.  Jardim também liderou o 3º CPA (Baixada).
 Foi secretário de Segurança Pública em São Gonçalo e, desde 2013, comandava a pasta de Ordem Pública de Niterói. 
De temperamento forte, gostava de dizer que "missão dada é missão cumprida". 
Marcus lutava há mais de dez anos contra um câncer
Arquivo/ Marcelo Feitosa

                                                             

O Fluminense


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