Nesta etapa, a
segunda do ano, bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade devem ser
vacinados
Os produtores de Cantagalo, município
que tem o maior plantel bovino da Região Serrana, com quase 60 mil cabeças,
deram início, no último dia 3, à segunda etapa da Campanha de Vacinação contra
a Febre Aftosa, doença viral altamente contagiosa que afeta animais
biungulados, ou seja, animais que possuem dois “dedos”. Os mais afetados são
bovinos de leite e de corte e os suínos.
De acordo com a Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Agropecuário, que dá suporte aos produtores durante o
período dedicado à imunização dos animais, que vai até 30 de novembro, na
primeira etapa do ano, realizada em maio, quando todos os animais,
independentemente da idade foram vacinados, a cobertura imunizatória foi de
95,95% do total estimado.
– Para esta segunda etapa, há a
obrigatoriedade de vacinação apenas dos animais com idade até 24 meses –
explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário do município, Rodrigo
Vollú. Segundo ele, o estado do Rio de Janeiro, por conta dessas campanhas
semestrais, está há 16 anos sem nenhum registro da doença. Conforme a Defesa Sanitária
Estadual, os últimos casos registrados no estado do Rio de Janeiro foram em
1997, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, e em Magé, na Baixada Fluminense.
Rodrigo Vollú também explica que as doses devem ser adquiridas pelos próprios
criadores.
Cantagalo é considerado o maior
produtor bovino da Região Serrana, o que dá ao município o título de
responsável pela maior bacia leiteira da região. Os bons índices conseguidos
nas campanhas são creditados ao resultado do trabalho das equipes da Defesa
Agropecuária, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, do
Sindicato Rural e da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado do Rio de Janeiro), aliado à conscientização dos criadores
sobre a necessidade da imunização do gado.
A campanha tem como meta manter o
rebanho sadio, apto a atender aos mercados nacional e internacional, com o
fornecimento de material genético (sêmen, embriões, matrizes e reprodutores) e
carne de qualidade. Durante as etapas, também são promovidas ações para a
conscientização dos pecuaristas sobre a importância da imunização dos rebanhos.
Após vacinar o rebanho, o produtor
deverá entregar a declaração de vacinação ao Núcleo Regional de Defesa
Agropecuária, onde também deverá ser feita a atualização do cadastro da
propriedade. Para isso, é preciso apresentar a declaração de vacinação e a nota
fiscal de aquisição das vacinas, comprovando a imunização de seus animais, o
que terá que ser feito até o quinto dia útil após o encerramento da campanha –
7 de dezembro.
Quem não declarar a vacinação estará
sujeito a receber auto de infração, ter a propriedade interditada, ser multado
em até 20 mil Ufirs, além de arcar com o pagamento da taxa de duas Ufirs por
animal não vacinado. As dúvidas podem ser esclarecidas através dos telefones do
Núcleo Regional de Defesa Agropecuária, que fica no Parque de Exposições Raul
Veiga, em Cordeiro: (22) 2551-1673 e (22) 2551-1395.
Ascom
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