Os estudantes foram
os verdadeiros protagonistas da inauguração oficial do campus Santo Antônio de
Pádua do Instituto Federal Fluminense (IFF), realizada no último dia 30.
Primeiramente, a Orquestra de Violões, formada por alunos do campus Campos
Centro, mais uma vez fez um verdadeiro espetáculo. Apresentando cinco músicas,
o grupo emocionou os presentes dando início a uma série de outras emoções que
se seguiriam.
Três estudantes e um
pai de aluno fizeram discursos emocionados sobre a importância do IFF em suas
vidas e as expectativas em relação às oportunidades que uma educação pública e
de qualidade poderá proporcioná-los.
“O que falar de
uma escola tão sonhada?”, perguntou a estudante Alice Azevedo. “Antes mesmo de
sua construção, o IFF já estava em nossos corações e foi muito aguardado por
todos nós”, completou. Alice destacou que com um projeto pedagógico que foge
dos padrões normais, o campus tem possibilitado o diálogo entre a escola e a
sociedade e oportunizado a construção do conhecimento e do caráter dos seus
alunos. “E depois de oito meses, aqui estamos, superando todas as dúvidas e
dificuldades. Aqui é a vida e é a vida, mais do que a morte, que não tem
limites”, disse citando Gabriel García Márquez.
O campus Pádua foi o
primeiro no IFFluminense a implantar um projeto político pedagógico baseado na
politecnia que visa aliar o conhecimento teórico com o prático por meio do
desenvolvimento de projetos que envolvem servidores, estudantes e comunidade.
Com lágrimas nos
olhos e muito emocionado, Carlos Alberto Fernandes, diretor do campus,
relembrou em seu discurso as dificuldades iniciais na construção da escola e
destacou: “caminho aberto ao diálogo, à diversidade, à amizade é o que estamos
buscando construir. Porque é aqui que começamos a mudar o mundo. Que os
estudantes tenham aqui a extensão dos seus lares, onde poderão realizar seus
sonhos”.
A ex-reitora do IFF,
Cibele Daher também foi convidada a participar da cerimônia. Foi em sua gestão,
em 2011, que foi definida junto ao Ministério da Educação a expansão do IFF
para Santo Antônio de Pádua e quando, após esforços federais e municipais,
houve a cessão da área onde hoje está construído o campus. “Constato com
alegria que a semente que lançamos, hoje é realidade”, destacou Cibele
lembrando que desde 1999 o Instituto trabalha em parceria com o município
desenvolvendo diversos projetos. “Temos aqui um exemplo claro de boa política
pública. Não podemos deixar de praticá-la, de escutar e dar voz aos que mais
necessitam de uma educação pública e de qualidade”.
O prefeito do
município, Josias Quintal, disse que falar da importância do IFF para a região
seria obviedade e ficou admirado com os discursos dos alunos. “Observei
perplexo o preparo desses jovens que falaram aqui hoje e é exatamente esta a
essência do que se faz aqui nesta escola”.
Além do prefeito
Josias Quintal, a secretária municipal de Educação Maria Cristina de Souza
Machado e os vereadores Paulo Roberto, Alexandre Brasil, Tenente Bastos, Vanderlea
Marques e Neidimar Machado (Masa) estiveram presentes representando o
município.
Também discursou o
secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Feres,
ex-aluno do IFF e professor da casa. “Essa instituição muda a capacidade de
sonhar. Que investimento pode ser maior e melhor do que transformar vidas?
Assim como a minha vida foi transformada por esta instituição as desses jovens
também serão”, relatou.
O reitor do IFF, Luiz
Augusto Caldas, frisou ser um momento especial, “de esperança e de garantia de
que o nosso sonho ganha corpo: o IFF está em Pádua, pertence a este território.
O que significa um campus como esse?”, perguntou, “possibilita o direito do seu
filho ser alguém na vida. Possibilita interferir em uma realidade e torná-la
melhor, participando do desenvolvimento econômico e social para desenhar
caminhos significativos para a juventude tendo como passaporte a educação”,
afirmou.
A cerimônia, que
começou por volta das 14h, foi encerrada duas horas depois com uma pequena, mas
inusitada homenagem ao diretor do campus. Os estudantes tomaram o microfone e
improvisaram um hip hop cuja letra ressaltava o trabalho realizado na escola.
“Vocês nos ensinaram o amor. Muito obrigada por todo o amor que vocês nos dão
todos os dias e saibam que é recíproco”, disse uma das alunas finalizando a
cerimônia.
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